O Serviço Agrícola e Pecuário (SAG) do Chile confirmou nesta segunda-feira a detecção do primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial em seu território, localizada na região de O’Higgins, a cerca de 140 km da capital, Santiago.
De acordo com o órgão do governo, as aves do aviário foram abatidas e a área foi isolada, para evitar a propagação da doença para outras granjas.
O ministro da Agricultura chileno, Esteban Valenzuela, disse que a Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA) foi informada sobre o ocorrido e o país suspendeu todas as exportações de carne de aves.
O órgão informa que vem trabalhando em estreita colaboração com o setor privado desde o levantamento do alerta global sobre um vírus altamente patogênico que chegou ao país através de aves migratórias do Hemisfério Norte em dezembro do ano passado, ativando uma campanha de emergência em todo o Chile.
Até o momento, existem 12 regiões chilenas com casos positivos de influenza aviária altamente patogênica em aves silvestres e domésticas, com um total de 27 espécies de aves afetadas.
Expectativa para se ver livre da gripe aviária
O presidente da Chile Carne, Juan Carlos Domínguez, que representa os exportadores de carne de aves e suínos do país, acredita que em menos de 30 dias será possível recuperar o status de país livre de gripe aviária, graças aos protocolos adotados pelo SAG.
“Em menos de 24 horas foi efetuada a deteção precoce, o que reflete que o sistema funciona e por isso é preciso destacar as medidas de biossegurança que os estabelecimentos devem tomar”, diz a diretora nacional do SAG, Andrea Collao.
Nos últimos quatro meses, o órgão chileno recolheu amostras de mais de 16 mil aves de quintal, quase 4 aves industriais e cerca de 3 mil aves selvagens. O objetivo foi o de detectar rapidamente a eventual presença do vírus e tomar as medidas necessárias para minimizar a sua ocorrência e seu impacto no país.