Contêineres foram adquiridos no início de 2022 / Foto: Extra de Rondônia

São centenas de contêineres adquiridos no início de 2022, pelo então prefeito Eduardo Japonês, que estão desde janeiro no pátio da antiga Cibrazém, área atualmente cedida ao SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto), nas proximidades do Posto Catarinense, às margens da BR-364, em Vilhena.

Elas custaram mais de R$ 3 milhões ao Governo da União e cerca de R$ 1 milhão para a prefeitura, somente com a limpeza mensal dos equipamentos, que foram retirados das ruas.

Os contêineres comprados com recursos do Governo Federal deveriam estar atendendo à comunidade. Mas houve uma “trapalhada” da gestão municipal na época, segundo afirmou o diretor do SAAE, Eraldo Dal Posolo.

Não há previsão para que os contêineres voltem a ser recolocados nas ruas. Dinheiro jogado fora, montante suficiente para reformar escolas ou adquirir outros equipamentos importantes para o município.

Ao Extra de Rondônia, Eraldo explicou o seguinte:

“Instalar os contêineres deveria ser a última etapa do projeto. Fizeram uma propaganda toda errada, infelizmente, sem obedecer as regras. Primeiro, são necessárias medidas como a construção de um galpão para reciclagem do lixo e a usina de compostagem.

Outra ação que deve preceder o retorno das contentores às ruas é o recuo das calçadas onde serão reinstalados. Do jeito que estavam dispostos, os contêineres atrapalhavam o trânsito e ofereciam riscos de acidentes.

A prefeitura também não previu no Orçamento a limpeza periódica das lixeiras. A utilização de caminhões, produtos químicos e de pessoal para garantir a higienização custou aos cofres públicos mais de R$ 110 mil por mês. Ou seja, houve um prejuízo de quase R$ 1 milhão de reais em nove meses, considerando a falta de efetividade da proposta — erro agora reconhecido, oficialmente.

A ideia anunciada era de que o projeto chamado ‘Separar para cuidar’ garantiria a diminuição do volume de resíduos no aterro sanitário. Mas como não há a separação aqui na cidade, a quantidade de lixo no aterro não foi alterada.

Na usina, existe um sistema de separação dos tipos de luxo. Mas abrange apenas 2% do total de tudo o que é coletado em Vilhena. A administração municipal anunciava, na época, que a coleta iria garantir a seletividade na casa dos 30%, e que isso diminuiria muito o impacto ambiental”.

Elas custaram mais de R$ 3 milhões ao Governo da União e cerca de R$ 1 milhão para a prefeitura / Foto: Extra de Rondônia
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