Apenas um exemplo. Se poderia avocar dezenas de outros, mas o caso sintetiza o que está acontecendo, no meio da mídia, em nosso conturbado país.
Uma das maiores organizações do setor no Brasil, o Grupo RBS, afiliado à Globo, conquistou o povo gaúcho, graças a uma rádio muito especial (Rádio Gaúcha), uma TV de boa qualidade (era TV Gaúcha, depois tornou-se RBS TV) e um jornal de primeiro mundo, a Zero Hora. Fundado pelo empresário Maurício Sirostsky Sobrinho, um talentoso homem das comunicações, que faleceu prematuramente, o grupo sempre foi um orgulho a seu público. Ainda é? Nesse momento em que o Brasil rachou ao meio, também o jornalismo, mesmo aquele que antes era muito respeitado, entrou na vala comum, trocando sua identidade por apoio desmesurado a um dos lados da guerra, que ainda é apenas comercial e ideológica, felizmente.
No último domingo, numa clara capitulação que ignora que a maioria do seu povo pensa diferente do atual governo (no RS, Bolsonaro venceu com boa distância a Lula, só para ilustrar o argumento!) um editorial da Zero Hora faz uma condenação radical da CPMI, que, agora, tem aval até do próprio governo que a ZH defende, ou seja, um editorial mais realista que o rei. Mas tem que sofrer condenação um jornal, uma emissora de TV ou de Rádio por, publicamente, tomar posição, seja a favor ou contra um governo? No regime democrático não! Mas quando, recentemente, o mesmo grupo jornalístico (é apenas um exemplo, porque se poderia usar o mesmo parâmetro para dezenas de grande organizações), que se diz servo da Verdade, cantou loas à CPI da Pandemia, chamada de CPI Circo, cobrindo os depoimentos, defendendo os ataques, mesmo os mais rasteiros ao governo Bolsonaro e silenciando ante algumas da vergonhosas ações, como o palavreado ofensivo à mulheres indefesas, que não rezavam pela cartilha dos “donos” da CPI, daí a decepção é ampla, geral e irrestrita.
Com o título de “Perda de Tempo”, o editorial do maior grupo de mídia gaúcho e um dos maiores do país, afirma que “é desnecessária e inoportuna instalar uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito para tratar da invasão e da depredação dos prédios dos Três Poderes, no infame 8 de janeiro, em Brasília”. O mesmo tipo de análise, apenas trocando palavras e frases, se pode ver, ler e ouvir na maioria dos grupos jornalísticos do Brasil, que trocaram a História pelo aparelhamento das Redações. Mesmo veículos de imprensa que sempre orgulharam os que os acompanham há décadas, capitularam perante a versão ideológica. A opinião partidária se sobrepõe à Verdade, à Realidade, à História. São tempos obscuros, que não se compreende como a uma parte importante da imprensa nacional, até há pouco combativa e defensora irrestrita da liberdade, passou a publicar versões e narrativas, algumas absolutamente distantes do mundo real. Nestes tempos em que nossa mídia, em sua maioria, está cavando sua própria sepultura, quem sempre foi fã dela deve estar lamentando a partidarização das redações. Lamentável!
O ESPECIALISTA CANEDO COMENTA PROJETO QUE PODE MUDAR AS REGRAS DA LEGISLAÇÃO ELEITORAL NO PAÍS
“O projeto do novo código eleitoral que está com sua aprovação pendente no senado, traz outro ponto bastante polêmico”, diz Canedo. E prossegue: “pela atual legislação eleitoral, o TSE pode expedir resolução administrativa antes do início de cada eleição, com o objetivo de regulamentar as eleições na dinâmica que o processo eleitoral demanda. No projeto do novo Código Eleitoral, fica limitada a competência do TSE, dando ao Congresso Nacional a atribuição de suspender as resoluções da justiça eleitoral que exorbitem seu poder regulamentar”. O advogado especialista comenta que “na prática, caso o Congresso entenda que alguma resolução do TSE esteja contrariando a Lei Eleitoral, poderá cassar seus efeitos”. Afirma ainda que “é uma medida que busca devolver ao parlamento uma tarefa que lhe é exclusiva – a de legislar”. As mudanças, algumas radicais, feitas de uma eleição para outra, sem a participação do Parlamento brasileiro, que é quem deveria fazê-lo, certamente trará muito debate e discussões nos próximos meses. Hoje, é o TSE quem legisla e determina quase tudo o que se relaciona com as eleições. Se houver a mudança, será o Congresso Nacional a reassumir sua real atribuição, inclusive com poderes de suspender resoluções do Tribunal superior. Esperemos para ver.
GOVERNO INVESTE 41 MILHÕES DE RECURSOS PRÓPRIOS, PARA TENTAR ZERAR A FILA DE CIRURGIAS
Zerar a fila de cirurgias. A missão é das mais complexas de difíceis, mas o governador Marcos Rocha anunciou, nesta semana, um projeto, com apoio financeiro do Estado, para colocar nos municípios que tem condições de fazer as cirurgias, porque, desde a pandemia, as filas aumentaram para este tipo de ação da saúde pública. O projeto “Compartilhando Saúde” vai começar pela região de Seringueiras. No total, o Estado vai distribuir recursos na ordem de 41 milhões de reais, apenas de recursos próprios, para as cidades onde há hospitais em condições de realizar as cirurgias. Num vídeo gravado para as redes sociais, durante o governo itinerante naquela região, semana passada, Rocha confirmou a liberação dos recursos e disse que há uma intenção firme do seu governo para que, em breve, acabem as filas de cirurgias em grande número de cidades rondonienses. “Desde a pandemia, não só em Rondônia, mas em todo o Brasil e no mundo, houve atraso no atendimento de muitas necessidades da saúde. Entre nós, isso também aconteceu. Mas agora vamos lutar, como estamos fazendo no Vale do Guaporé, para zerar essas filas de cirurgias”. Rocha, durante o governo itinerante, entregou obras, anunciou várias outras e teve contato direto com autoridades e a população de várias cidades da região.
SENTENÇA DE CRIMINOSOS CONDENADOS EM ARIQUEMES DEVERIA SERVIR DE EXEMPLO PARA O RESTO DO BRASIL
Ah, se toda a Justiça brasileira usasse as leis contra os bandidos e não a favor deles, certamente estaríamos muito mais seguros, como sociedade. Dois assaltantes, armados, que usaram de violência para atacar um grupo de pessoas e roubar, dinheiro, cartões e celulares, foram condenados, em Ariquemes, a penas que, somadas, chegam a 31 anos de prisão: um a 19 anos e outro a 12 anos. Denúncia do Ministério Público, relatando o episódio, o fato de que um dos bandidos é reincidente e a violência usada contra vítimas indefesas, proporcionou ao Magistrado a aplicação de uma pena dura. Infelizmente – não nos enganemos – os defensores dos direitos humanos dos criminosos já estão agindo, para tentar diminuir a pena ou, ainda, transformar a dupla de assaltantes em “vítimas da sociedade”. Certamente eles não terão vida fácil em recursos no TJ rondoniense, onde se faz, há décadas, a verdadeira Justiça. Mas, é óbvio que dificilmente cumprirão as penas a que foram condenados. Em breve, graças ao pacote vergonhoso (para não dizer criminoso) de proteção aos fora da lei que a legislação brasileira proporciona, os dois assaltantes estarão nas ruas, para repetir tudo de novo. Ou seja, não há polícia nem Judiciário que resolva a questão da segurança, que nossas leis continuarem colocando os bandidos embaixo do seu braço de proteção.
GRITOS NA TRIBUNA E DURA OPOSIÇÃO AO GOVERNO LULA: CHRISÓSTOMO ATACA DE OLHO NO ANO QUE VEM
Não há como ignorar que ter o deputado Coronel Chrisóstomo como adversário não é moleza. O Palácio do Planalto que o diga! O parlamentar do PL de Rondônia tem feito uma sucessão de discursos agressivos, da tribuna da Câmara, sem poupar um palavreado por vezes muito perto do exagerado, quando se refere ao Presidente Lula e ao seu governo. Aliás, foi dele o primeiro pedido oficial de impeachment de Lula, depois da posse, já que havia pelo menos outros dois antes mesmo do novo governo tomar o poder. Chrisóstomo não escolhe palavras. O parlamentar. Num dos seus últimos discursos, atacou duramente seus adversários petistas: “essa esquerda só faz cagadas”, gritou, entre outras coisas. Cada vez que sobe à tribuna, Chrisóstomo dá algumas cacetadas em seus adversários, com seu tom de voz rouco e agressivo. Claro que o representante da bancada federal quer se destacar na Câmara, mas certamente seus arroubos são também bastante muito bem pensados. Esperto, Chrisóstomo quer se colocar como uma das vozes mais fortes de oposição ao atual governo, porque quer contar com o apoio pessoal do ex-presidente Jair Bolsonaro, na batalha duríssima que terá, já que quer ser candidato à Prefeitura de Porto Velho, no ano que vem. Na política, nada acontece por acaso. Os gritos de Chrisóstomo tem a ver também com o futuro próximo.
JOÃOZINHO E FÚRIA: DOIS PREFEITOS QUE TÊM MANDATOS DE SUCESSO E SÃO O FUTURO DA NOSSA POLÍTICA
Olho neles! Claro que é muito cedo para se considerar a questão como definitiva, mas há dois prefeitos do interior rondonienses que, pelo que estão realizando e por sua história (além da juventude) podem se tornar estrelas importantes da política rondoniense. O primeiro deles é Joãozinho Gonçalves, que está num segundo mandato vitorioso à frente da cidade de Jaru. Com seu jeito calmo de conversar, com um governo honesto e sem escândalos, trabalhando quase em silêncio, como se mineirinho fosse, Joãozinho conseguiu transformar sua cidade, graças a apoios do governo do Estado e da União, até porque é da sua cidade um dos mais atuantes parlamentares de Rondônia, o deputado federal Lúcio Mosquini, agora em mais um mandato, que destina milhões de reais em recursos para sua cidade. Jaru deu um salto na qualidade de vida da população, nos últimos anos.
O outro é Adailton Fúria, também jovem e o bem sucedido prefeito de Cacoal, uma das maiores cidades do Estado. Promotor de eventos e de comunicação, Fúria tem usado as redes sociais com criatividade e inteligência, para divulgar seus feitos como administrar e, é claro, faturar politicamente. Sob seu governo, Cacoal tem avançado. Ele enfrenta alguma oposição, mas se a eleição fosse hoje, não precisaria sair de casa para ser reeleito. Olho nessa dupla!
SAÚDE PÚBLICA: VILHENA E VÁRIAS OUTRAS CIDADES SERÃO BENEFICIADAS POR PEDIDOS DE FERNANDO MÁXIMO EM BRASÍLIA
Saúde pública: este o grande tema de várias reuniões que o deputado federal Fernando Máximo participou na semana passada, em Brasília, várias delas em companhia do prefeito de Vilhena, o delegado Flori. Na pauta, temas como a implantação do SAMU não só na nossa maior cidade do Cone Sul, como também em outros municípios rondonienses. Ji-Paraná, Cacoal e Rolim de Moura e, ainda, outras cidades do Cone Sul, Região Central, Região do Café e Zona da Mata, fizeram parte das reivindicações feitas pelo parlamentar, no Ministério da Saúde. Ainda foi solicitado recursos do Teto Mac para Vilhena, “que se destina às ações e serviços ambulatoriais e hospitalares, conhecido como Limite Financeiro da Média e Alta Complexidade”. O Piso de Atenção Básica Fixo, que é um montante financeiro destinado à viabilização de ações para implantação de estratégia de Atenção Básica à Saúde, além de vários outros recursos, também fizeram parte do pacote de reivindicações. Em audiência na Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental, foram pedidos recursos e proposta de soluções para custear o saneamento básico em Vilhena, Alvorada do Oeste, Vale do Paraíso, Distrito de Santana, entre outros municípios. Em Vilhena, a pauta trata-se de um caso grave que está parado há anos, mas já teve muita evolução como a atual gestão. Ficou decidido que técnicos federais vão trabalhar em conjunto, em uma força tarefa com a Prefeitura e o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Vilhena. buscando a solução dos problemas.
TEMOS RODOVIÁRIA PROVISÓRIA. A VELHA COMEÇOU A SER DEMOLIDA PARA CONSTRUÇÃO DO PRÉDIO DE DOIS ANDARES
Finalmente, depois de cerca de quatro décadas de vergonha, Porto Velho começa a poder comemorar que terá, enfim, uma Rodoviária decente. Nesta segunda-feira, o terminal provisório começou a funcionar no centro da cidade, (avenida Rogério Weber) na área do Cai N´Água, com uma estrutura bastante razoável. O evento mais importante, contudo, foi programado para a terça-feira: o início do trabalho de destruição daquela coisa estranha que serviu de Rodoviária durante décadas. Durante longos anos, a Rodoviária foi uma espécie de cartão postal do avesso da Capital dos rondonienses. Um prédio velho, sem estrutura, sem condições, cercada por marginais e com uma série de deficiências. Houve promessas sem fim de que aquele local ridículo não seria mais utilizado. Que a Rodoviária seria transferida para outros locais; que havia empecilhos legais para fazer uma obra decente e por aí vai. Tirados os obstáculos burocráticos, a partir de um acordo entre Governo do Estado e Prefeitura, passando a responsabilidade ao município, as coisas começaram a andar. Uma emenda de mais de 20 milhões de reais da então deputada federal Mariana Carvalho, colocou metade dos recursos necessários para que a ova rodoviária fosse construída. Os cofres municipais colocarão os outros 20 milhões necessárias. No máximo em dois anos, teremos uma rodoviária nova, de dois andares, moderna.
PERGUNTINHA
Você acredita mesmo que em cerca de dois anos Porto Velho terá uma Rodoviária decente, como deve ter uma Capital ou o assunto ficará só na promessa de novo, foi tem ocorrido nas últimas três décadas?