Prédio da UNIR em Porto Velho / Foto: Divulgação

O Centro Acadêmico  5 de Outubro (CA5), do campus da UNIR (Universidade Federal de Rondônia), em Porto Velho, divulgou nota nesta semana protestando contra uma série de atitudes da reitoria.

As queixas incluem apatia a denúncias de assédio sexual e a falta de providências com relação aos espaços físicos, que estão degradados.

Sistema de iluminação e a estrutura do Bloco G1 — onde são ministradas aulas noturnas do curso de direito — ofereceria “riscos críticos”. É o que assinala Thawane Scatambulo Sena, presidente do DA, com base no laudo técnico de inspeção predial, realizado em 18 de abril e assinado pelo engenheiro civil André Rodrigues Novais.

As denúncias enviadas ao Extra de Rondônia incluem, também, um laudo do Corpo de Bombeiros feito no bloco, onde funcionam oito salas de aula e fica no campus central, às margens da BR-364. Segundo o documento, além dos problemas na estrutura física, não há sinalizadores para acesso ao imóvel e a quantidade de extintores é insuficiente, em caso de incêndio.

A nota do CA-5 traz a assinatura de 10 acadêmicos, além da presidente do órgão, representando os líderes de todos os períodos que se utilizam do espaço. A preocupação refere-se, principalmente, às instalações elétricas.

De acordo com as imagens capturaras nos ambientes, há perigo iminente de curto-circuito, dada à precariedade nas instalações  e na conservação do sistema elétrico.

Segundo o engenheiro André, estão expostos e oferecendo perigo aos estudantes e professores, os cabos energizadas e de alimentação e conduítes corrugados todos expostos (veja o laudo na íntegra no final da matéria).

As aulas presenciais estão suspensas para reformas, que seriam iniciadas ainda em abril. Mas, por enquanto, não houve uma ação prática, embora os materiais de construção já tenham sido adquiridos.

Mas o problema não é apenas o que implica a necessidade de solução urgente na estrutura, conforme a nota do CA-5.  Os acadêmicos também reclamam de outro assunto: o assédio sexual.

Uma acadêmica do 9º ano de direito afirma que foi observada enquanto estava no banheiro, sem trancas, do bloco.

Outra estudante, esta de jornalismo, também denunciou ter sido vítima de importunação, quando um homem teria dito a ela palavras obscenas enquanto ela estava no banheiro feminino.

Ainda segundo os reclamantes, a reitoria teria pedido que os alunos e professores “enterrassem” as denúncias.

OUTRO LADO

A reitoria comunica que suspendeu as aulas noturnas presenciais, de 13 a 15 de abril, depois que denúncias de importunação sexual feita por departamentos acadêmicos da instituição repercutiram na imprensa. O suspeito da importunação sexual ainda não foi identificado.

Em nota, a Reitoria da Unir informou que levou as informações e as ocorrências policiais  às autoridades competentes, para que as devidas providências sejam tomadas.

Sobre a questão de violência do Campus de Porto Velho a administração superior garante que tem tomado medidas para enfrentá-los, como a instalação de câmeras de videomonitoramento de alta definição, cabendo ser ampliadas devido ao tamanho do Campus e do fato de termos várias unidades também no interior do Estado.

Também disse que intensificou os serviços de rondas de vigilância e de segurança contratados pela universidade.

>>> LEIA OS DOCUMENTOS NA ÍNTEGRA:

LAUDO TÉCNICO DE INSPEÇÃO PREDIAL

 

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