Estes são tempos preocupantes e difíceis, marcados por incertezas coletivas, com seus medos e ansiedades.
Nem por isso devemos temer nem silenciar. Pelo contrário, este é o tempo oportuno de falar e dialogar, trocar ideias e buscar soluções.
As pessoas estão apreensivas com o presente, bem como com o futuro. As preocupações chegam com constância, em diversas áreas da vida. Menores ansiedades talvez existam entre os servidores públicos e funcionários de empresas estatais. Parece que uma névoa nos encobre, dificultando a visão e as decisões pessoais. A luz solar foi encoberta, impedindo-nos de ver as opções existentes e de selecionar com sabedoria os melhores caminhos.
A atividade econômica passa por uma paralisia generalizada, a ponto de provocar a retração dos mercados. Ninguém quer gastar. Até mesmo a aquisição do que é necessário, em vários casos, tem sido foi postergada, na expectativa de dias melhores.
As operações de crédito e financiamento estão diminuindo. Um banco conhecido declarou recentemente que resolveu priorizar a concessão de crédito para seus atuais clientes, em vez de recorrer a terceiros, porque já os conhece e tem uma experiência anterior com eles. Isso é tão óbvio, porém mesmo assim muitos ainda não detectaram esse nicho de mercado.
Não há uma liderança capaz de nos retirar da crise; nem mesmo de transformar nosso pessimismo em otimismo. A decisão de investir em novos projetos foi suspensa, por prazo indeterminado, até que os horizontes indiquem melhores perspectivas.
O temor não sai de nossa mente por passe de mágica, mas sim mediante um planejamento técnico e sério, coerente e realista, preparado por pessoas competentes e instituições conceituadas, íntegras e responsáveis.
Entendo que os preços cairão, nos próximos meses, como a inflação, não pela ação do governo, nem dos políticos, nem por decorrência da reforma tributária. Quando não há dinheiro, não há consumo. A redução do trabalho implica na diminuição da riqueza. A velha e eficiente lei da Oferta e da Procura, presente tanto na crise quanto na bonança, haverá de administrar os preços e estabilizar a economia, tão cedo quanto possível (e a reação dos agentes econômicos).
Urge gerar riqueza, criando empregos. Isso é tarefa prazerosa aos empresários desde que haja mercado consumidor e retorno do capital. Mas se continuarmos criando e aumentando impostos, o tão almejado crescimento econômico do país será adiado para a próxima geração.
A vida em sociedade requer equilíbrio. Estoques regulatórios servem para combater a volatilidade dos preços. Que nossos governantes sejam sensíveis e sábios, administradores eficazes e austeros, pois a nação precisa avançar. Pense nisso enquanto lhes digo até a semana que vem.