Tendo administrado Pimenteiras do Oeste durante seis anos, o ex-prefeito Olvindo Dondé, o Vino, 65 anos, é novamente cotado para disputar as eleições em 2024.
Questionado, Vino afirma que pretende manter o grupo político do qual faz parte unido e que existem vários outros nomes dispostos a enfrentar as urnas. Mas não descarta a possibilidade de ele mesmo ser o candidato.
Esta semana, ele visitou a redação do Extra de Rondônia, em Vilhena, e aproveitou o momento para fazer um balanço do que considera importante em sua administração.
EXTRA — O senhor é pré-candidato a prefeito?
VINO — Estamos formando um grupo, temos vários nomes. Mas queremos pesquisa para ver quem tem mais viabilidade. Tem outros dois nomes que se dizem pré-candidatos. E todo mundo sabe que eu tenho um processo, mas vence agora em agosto. E também posso dar o apoio aos meus companheiros que são o Dr. Marco Antônio e Dôra. Mas tem vários outros nomes. Vamos ver na pesquisa quem tem condição de enfrentar a campanha.
EXTRA — Neste caso o senhor abriria mão?
VINO — Eu tenho dito que não seria mais candidato, a nenhum cargo. Mas em último caso, se for preciso, eu entro. Quero abrir a oportunidade para outros, pois já tenho 65 anos e gostaria de poder descansar. Só saio se for para ajudar o grupo.
EXTRA — Como está seu processo, o que lhe impediria de ser candidato?
VINO — Fui condenado sem sequer ser ouvido, sobre a história de um terreno que foi doado, sem os critérios legais. Fui condenado a 4 anos de perda de direitos políticos. O acórdão foi publicado em 9 de agosto de 2019, então já está para vencer. Em setembro juntarei todas as certidões, estarei tranquilo e trabalhando em cima de nomes que possam disputar. Não descartando que eu mesmo possa disputar.
EXTRA — Quais obras o senhor realizou como prefeito?
VINO — Fui prefeito seis anos, e tenho serviço prestado. O que entregaram recentemente, uma quadra, já contava com recursos empenhados, de emendas. Os deputados Chiquinho da Emater e Luizinho Goebel colocaram recursos para Pimenteiras na minha administração, e agora que executaram. Também resolvi o problema da iluminação pública. Não ficou faltando nem um pedaço de rua em luz. Fizemos o ginásio de esportes com recursos próprios. Deixei de fazer dois festivais de praia e fiz o ginásio e arrumei toda a avenida, resolvendo problemas de iluminação, tapa-buraco e escoamento da água. Fizemos mais de 4 mil metros de tubos, hoje temos a nossa fábrica de tubos para atender os produtores rurais. Atualmente, está tudo parado. Com emendas que o ex-prefeito João Miranda havia conseguido, construímos 80% do hospital e a nova prefeitura. Agora já vai pra três anos de administração e não conseguiram fazer 20%. Teve também o calçamento do Porto, com emenda do deputado Ezequiel Neiva. Quando entrei na prefeitura, o asfalto que liga Cerejeiras até Pimenteiras, estava parado até a linha 5 e não tinha previsão para chegar na cidade. Graças a um entendimento entre o diretor do DER, na época, que era Ezequiel, e o ex-governador Confúcio Moura, conseguimos levar o asfalto até a cidade de Pimenteiras. Foi a maior conquista de uma administração municipal.
EXTRA — De quem é o mérito da entrega de títulos definitivos de terra?
VINO — Não tem padrinho. Começou lá atrás, em 2006, ainda na época em que o Carlinhos Rodrigues era o prefeito. Busquei também emenda de R$ 200 mil do Ezequiel. A equipe do ex-governador Confúcio Moura contribuiu, e da mesma forma o atual governador Marcos Rocha. Não posso esquecer também da Câmara de Vereadores e a equipe do próprio Incra. É um trabalho em conjunto. Não deixaram o processo morrer, e a conquista é de todos.
