Foi uma surpresa para todos, quando Rosimeiri Romualdo, conhecida como Dona Meiri, produtora rural de Minas Novas, começou sua participação, convidada pelo proponente da audiência pública da última sexta, o deputado Alex Redano.
Ela relatou o que tem sofrido, inclusive com ofensas pessoais e até uma arma apontada contra ela, por servidores públicos que foram à sua propriedade, aplicar multas. Falou com tanta convicção, relatou seus dramas, que, durante seu pronunciamento, acabou sendo aplaudida várias vezes. Ela começou com uma criativa ironia, dizendo que a “fome é uma boa conselheira. E nós aqui estamos discutindo os embargos.
E a nossa terra produz o que? O alimento. Então, se todo o mundo se comprometer a reduzir a alimentação em dez por cento, daí nós não precisamos produzir tanto e daí, pronto! está resolvido”. Mas ela foi mais longe: “está conta está muito cara, nós não somos donos dela, porque puseram a conta da destruição do mundo no agro. Mas a cidade destrói e o rio Tietê é a prova, o ar condicionado é a prova; o carro é a prova, o luxo, o descartável, tudo é a prova. Essa conta tem que ser repartida”.
Dirigindo-se especificamente, aos órgãos de fiscalização ambiental, dona Meiri foi enfática: “vocês precisam melhorar. Vocês precisam aprender a trabalhar. Vocês precisam lembrar que quem paga o salário de vocês somos nós. E como nós sabemos respeitar nossos funcionários (e vocês são nossos funcionários), nós recebemos com todo o carinho na nossa casa. Eu já fui chamada de vagabunda e eu não sou. Então, eu pago o salário do funcionário e ele vem me chamar de vagabunda? Sabe qual era meu defeito? Eu estava trabalhando e ele me pegou trabalhando!”.
Dona Meiri deu uma lição de moral aos que se acham donos de tudo: “vocês precisam ensinar a eles – os funcionários – a desenvolver o trabalho deles com dignidade”. Acrescentou: “aí faço uma pergunta: nós somos multados, nós somos pressionados, mas eu gostaria de saber qual o órgão que vai lá nos orientar, onde este órgão funciona e qual o nome dele? “
“DAÍ O IBAMA VAI LÁ NA MINHA CASA E ME PÕE UMA ARMA NA CARA: JÁ PASSEI POR ISTO!”
Dona Meiri foi escolhida a dedo pelo deputado Delegado Lucas, que abriu mão de falar para passar a palavra a ela, porque já sabia que a convidada seria uma surpresa positiva no evento. E dona Meiri aproveitou. Inclusive para fazer uma grave denúncia. Além de ser maltratada e ofendida, ainda teve uma arma apontada para sua cabeça. Ela relatou: “daí o Ibama vai lá na minha casa e me mete uma arma na minha cara, que eu já passei por isso! E eu convido vocês a irem lá na minha terra e ver se sou alguma malandra! Me põe uma arma na cara, pra me dar uma multa. Daí disseram que vão me notificar lá, para que eu pudesse responder aqui. Nunca fui chamada. Mas quando a multa vai para a dívida pública, daí eles falam, daí eles me acham. Aí dizem que eu tenho que pagar a multa. Mas para eu vir me justificar, nunca me acharam. Então, os órgãos não funcionam”, lamentou. Sobrou também para a própria Assembleia, que, segundo ela, antes não havia se mexido para ajudar na busca de solução dos problemas, mas que “agora, enfim, merece aplausos pelo que está fazendo em benefício dos agricultores. “Tudo isso chegou neste ponto – disse – também porque esta Casa não trabalhou direito. mas hoje quero parabenizar vocês, porque vocês estão mudando a História da Assembleia Legislativa. Hoje tem que tirar o chapéu para esta Casa, porque ela passou a nos ver com mais carinho”. Pura emoção, recheada de lamento e tristeza de uma mulher guerreira e trabalhadora, que está sendo tratada como criminosa pelos órgãos de fiscalização, resumindo o sofrimento de todos os agricultores atingidos pelas ações, sacudiu a audiência na ALE. Ela concluiu sua fala sob intensos aplausos de todos.
FLOR DO MARACUJÁ VENDEU QUASE MEIO MILHÃO DE REAIS EM COMIDAS E OUTRAS ATRAÇÕES. GOVERNO COMEMORA SUCESSO
No final, houve choro e emoção dos vencedores, o Boi Bumbá Marronzinho e a Quadrilha Rádio Farol e alguma tristeza dos perdedores, na entrega dos prêmios no domingo, encerramento do Flor do Maracujá, em sua 39ª edição. Todos os concorrentes estiveram num bom nível, mas só podia ter um vencedor em cada categoria. Contudo, houve sim muitos ganhadores na volta da nossa maior festa cultural: o público, o governo, via Sejucel, que promoveu o evento e, mais que tudo, aqueles que trabalharam na festa. O governador Marcos Rocha comemorou, já na manhã da segunda-feira, depois do Arraial encerrado, que a grande festa também ajudou – e ajudou muito – na economia de dezenas de famílias. O motivo: quase meio milhão de reais faturados pelos vendedores de comidas típicas e todos os demais que, de uma forma ou outra, comercializaram seus produtos nos dez dias do Arraial. O público que passou pelo Parque dos Tanques, no período do Flor do Maracujá, pode ter superado as 150 mil pessoas. Foi um grande acontecimento, que voltou depois de três anos, com as quadrilhas e os bois bumbás novamente encantando o público. A festa foi quase perfeita. Faltam alguns ajustes e correções, que certamente serão feitos para a grande comemoração dos 40 anos do Arraial, no novo que vem. Um dos problemas foi o abuso na cobrança do estacionamento privado, com preços exagerados. No mais, tem razão Rocha quando comemora: “o Arraial é um espetáculo da nossa cultura e também mexe com a economia”.
IBGE DIZ QUE BRASIL TEVE MENOR CRESCIMENTO POPULACIONAL DESDE 1872. RONDÔNIA TEVE PIOR ÍNDICE DO PAÍS
Há ainda muitos dados interessantes sobre o último censo do IBGE. Um deles é que ele apontou o menor crescimento populacional do país, entre a pesquisa de 2010 e a de 2022, desde que o censo foi introduzido. A população brasileira cresceu em apenas 12 milhões e 300 mil indivíduos. Saltamos de pouco mais de 190 milhões no início da década passada, para apenas 203 milhões 12 anos depois. Para se ter ideia do pequeno crescimento dos números de habitantes no nosso país, neste Censo, pode-se informar que o Brasil registrou sua menor taxa de crescimento (pouco mais de 6 por cento) desde 1872, ou seja, há 150 anos atrás. E Rondônia? Além de registrar perdas de moradores em uma a cada quatro cidades, nosso Estado também teve o menor índice de crescimento individual do país: apenas 3,5 por cento. Na região norte, contudo, o índice foi bem melhor, de 12,42 por cento. É bom lembrar que, por aqui, também tivemos o caso de Ministro Andreazza, cidade da região central do Estado, que hoje tem 6.466 habitantes, nada menos do que 3.886 habitantes, ou seja, a população decresceu em mais de 37 por cento, entre os piores índices do país.
CAPITAL SOB VIOLÊNCIA E BRUTALIDADE: FORAM SETE ASSASSINATOS APENAS NO FINAL DE SEMANA
Um homem assassinou sua companheira com 22 facadas, em mais uma brutalidade registrada em Porto Velho. Mas o final de semana foi muito pior. Além do feminicídio, outros seis assassinatos e pelo menos duas mortes no trânsito, uma delas causada por um motorista bêbado, enlutaram famílias na Capital. Em dois ataques, quatro vítimas fatais. Não se tem mais informações ainda, mas tudo indica que os crimes foram práticados por membros das gangues violentas que tentam comandar áreas da cidade e que tem se confrontado desde o início do ano. Mesmo com um combate constante das nossas polícias, a bandidagem continua agindo com toda a virulência, matando uns aos outros e, pior, os que acabam sendo assassinados são jovens, em sua grande maioria. Os números oficiais de crimes de mortes na Capital do primeiro semestre do ano, ainda não foram fechados. Mas o site Rondoniaovivo informa que eles podem ter batido na casa de uma centena. Só neste final de semana foram sete. Nos finais de semana anteriores, sempre houve crimes e brutalidade, mas este foi um dos recordistas. Nos assassinatos de suspeitos de envolvimento com gangues, os bandidos aparecem em dupla, em motos e chegam atirando. A polícia corre atrás, mas está difícil conter essa onda de violência Capital.
FLÁVIA LENZI, A PRESIDENTE DO SINDICATO DOS MÉDICOS, PODE DISPUTAR A PREFEITURA DA CAPITAL, NO ANO QUE VEM
O Sindicato dos Médicos de Rondônia, comandado pela competente dra. Flávia Lenzi, além de estar se modernizando em relação à comunicação, site e outras inovações, também amplia sua atuação em defesa dos seus associados e, mais que tudo, em defesa de uma Medicina de qualidade, para atender a população rondoniense. Numa entrevista que concedeu ao jornalista Sérgio Pires e que vai ao ar em breve na TV Assembleia, a médica destacou a preocupação do sindicato com a melhoria da qualidade dos serviços nos hospitais e clínicas que compõem a estrutura de saúde pública, lembrando que a entidade sindical que ela comanda, tem sido fiscalizadora deste serviço, agindo sempre que convocada ou quando necessário. Flávia Lenzi defendeu também o Revalida, exame nacional que os profissionais formados no exterior precisam prestar, para estarem aptos a atender no Brasil e, também, a valorização dos médicos, com a regularização de suas carreiras, como ocorre com outras profissões. Uma voz das mais respeitadas entre sua classe e ainda mais conhecida da população depois que concorreu como candidata a vice-governadora, na chapa liderada pelo senador Marcos Rogério, a médica tem sido instada a disputar a Prefeitura de Porto Velho, no ano que vem. Ela tem dito que está à disposição do seu partido, o PL. É mais um nome de qualidade, que pode estar na corrida pelo comando da Capital.
UMA CIDADE EM QUE O PREFEITO DEMITIU 400 COMISSIONADOS E OS SERVIÇOS CONTINUAM SENDO PRESTADOS À POPULAÇÃO
Há algo claramente estranho na Prefeitura de Candeias do Jamari. Sem entrar no mérito das acusações contra o prefeito afastado Valteir Queiroz, já que as investigações estão em andamento, um fato estranhíssimo chama muita atenção: o prefeito interino da cidade, Antônio Onofre, o Toninho Cerejeiras, assumiu o comando da administração e um dos seus primeiros atos foi demitir nada menos do que 400 servidores comissionados. Ora, para uma pequena cidade de apenas 22.238 moradores, segundo o censo do IBGE de 2022, quantos servidores não concursados são necessários? Mais ainda: mesmo com a saída das quatro centenas que foram exoneradas através de ato publicado no Diário Oficial da última segunda-feira, os serviços básicos da Prefeitura, segundo informações vindas de Candeias, não sofreram prejuízo algum. Toninho Cerejeiras, tão logo assumiu a função, depois que a Justiça determinou o afastamento temporário de Valteir Queiroz, já havia avisado que, caso não tomasse medidas drásticas de diminuição de tanta gente nomeada, não conseguiria sequer pagar em dia os salários do mês de julho. O exemplo poderia ser tomado não só por outras Prefeituras do Estado, mas também em todo o Brasil. Dar uma enxugada nos cargos em comissão poderia reduzir muito a folha, sem prejuízo do atendimento à população, na imensa maioria dos casos. O prefeito Cerejeiras já chegou mostrando que isso é possível.
RECURSOS LIBERADOS POR NAZIF VÃO ASFALTAR MAIS 15 RUAS NA CAPITAL, ANUNCIA O PREFEITO HILDON CHAVES
Eles foram adversários numa das últimas campanhas para a Prefeitura da Capital Também estão em lados opostos em relação à filosofia e aos seus grupos na política. Mas não há como negar que ambos interagem e trocam gentilezas, quando o interesse maior da população está em jogo. Tanto o ex-deputado federal Mauro Nazif quanto o prefeito Hildon Chaves se encontram esta semana, para anunciar a liberação de emendas de Nazif, ainda quando deputado, no valor de seis milhões de reais. O dinheiro será utilizado para pavimentação de sete ruas na zona leste e oito ruas na zona sul. No encontro, em que Hildon agradeceu o apoio do seu antecessor, esteve presente também o vereador Márcio Pacele, presidente da Câmara de Vereadores. Nazif destacou que, no total, conseguiu a liberação de mais de 30 milhões de reais para obras de asfaltamento em Porto Velho, durante seu mandato. As obras anunciadas incluem, além do asfalto nas 15 ruas, será feito também meio fio, calçadas e sarjeta. O total das obras representarão acima de quatro quilômetros a mais no pacote dos 700 quilômetros que a Prefeitura anuncia que já realizou na cidade, na atual administração.
PERGUNTINHAS
Você sabia que Rondônia tem quase 10 cabeças de gado para cada um dos seus 1.581.016 habitantes, com um rebanho de mais de 15 milhões e 110 mil cabeças, na maior proporção gente/gado do país?