Há alguns anos atrás, na nossa cidade, dois homens conversavam diante de um terreno, próximo ao centro, com cerca de dez mil metros quadrados.
O mais velho perguntou ao outro: O que você está vendo aqui? Apenas um terreno vazio e desocupado, ele respondeu! O outro replicou: Pois eu vejo, nos próximos 50 anos, uma quadra residencial com prédios, abrigando trabalhadores saudáveis e felizes. E continuou: Com base nessa visão, irei adquirir esse imóvel!
Qual tem sido a visão de nossos empresários e empreendedores na atual conjuntura? Em seus projetos profissionais, prevalece a visão de curto, médio ou longo prazo? Que tipo de sonhos empresariais você tem para seu futuro? Você é conservador ou agressivo nos seus investimentos pessoais? Estes sonhos já o levaram a se envolver em novos negócios?
Recentemente falávamos, nesta coluna, de uma empresa nacional, que foi criada com o propósito de fabricar carros voadores. Ela surgiu de uma ideia; a seguir foi preparado um projeto técnico e operacional; o mesmo gerou projeções financeiras lucrativas. Continuando, foi constituída uma empresa e logo após registrada na bolsa de valores de Nova York. Recursos financeiros foram levantados no mercado; hoje ela emprega 2.800 pessoas e possui uma carteira (de intenções de compra) estimada em US$ 8,6 bilhões! Esta empresa nem criou ainda seu primeiro protótipo e há uma semana comunicou a abertura de uma fábrica dessas aeronaves no nosso país.
Qual a leitura que você faz do ocorrido: Bravos e corajosos; competentes e agressivos; um grupo de tolos envolvidos em sonhos irreais; pessoas brincando com dinheiro alheio?
No mundo dos negócios é imperioso ir em busca de ideias viáveis do ponto de vista econômico e financeiro. Nunca houve antes, na história da humanidade, tanto dinheiro parado nos bancos à espera de projetos. Há oportunidades enormes para todos os bons projetos! Há investidores com fé, que acreditam nas instituições financeiras e nos estudos de viabilidade; tais investidores estão dispostos a investir seus recursos na expectativa de receber um adequado retorno financeiro.
Alguém dirá: E quanto aos riscos? Eles sempre existem e fazem parte das regras do jogo. Porém a firme crença de um retorno atrativo os convence a investir, num produto inexistente, confiando nos gestores, em sua capacidade técnica, em sua habilidade de enfrentar e vencer os desafios que o acompanham.
Lembra do isolamento social provocado pela Covid 19? Naquela oportunidade os maiores bilionários do planeta investiram milhões de dólares, na expectativa de descobrir uma vacina, pois o mercado potencial compreendia um universo de 7,8 bilhões de pessoas (2021)!
Convido o amigo (a) leitor (a), de todas as profissões e ofícios, a sonhar grande; convido-o a abrir os olhos e descortinar as oportunidades que estão à sua volta. Convido-o a revisar sua visão; a libertar sua mente para voar alto como as águias. Convido-o a ter fé no seu Deus; a se envolver em iniciativas inovadoras. É hora de abandonar a mediocridade e de combater o pessimismo. Pense nisso enquanto lhes digo até a semana que vem.