Prefeito e equipe da Rádio Planalto / Foto: Divulgação

O prefeito de Vilhena, Flori Cordeiro (Podemos), concedeu entrevista ao programa “Vale Tudo”, da Rádio Planalto, no início da tarde desta terça-feira, 22, e comentou a respeito da greve do magistério que se arrasta há 10 dias no município.

Entre outros assuntos, ele criticou as lideranças do Sindicato dos Servidores Municipais do Cone Sul (Sindsul) e “vereadores politiqueiros” que seriam os responsáveis pelos atos.

Flori foi categórico ao afirmar que já está cumprindo a lei do piso salarial da categoria. “O prefeito Flori já está cumprindo a lei. Já estou pagando o piso de R$ 4,2 mil. O problema é que estão querendo o efeito cascata; querem que aqueles que já ganham R$ 8,2 recebam o aumento”, afirmou.

Segundo Flori, a prefeitura já recebeu do governo federal quase R$ 45 milhões para investir na educação. Todo o valor foi destinado à folha salarial e não sobrou nada para investir em estrutura. Como exemplo, o prefeito citou a situação da creche Chitosse Inaba que está fechada para reforma e a não tem de onde tirar os R$ 6 milhões necessários para a obra.

Se for pagar a categoria – segundo o prefeito – vai endividar ainda mais a prefeitura em R$ 16 milhões por ano. “A antiga administração deixou R$ 20 milhões em caixa. Hoje, eu poderia pagar o que eles querem e sair como bonitinho, mas seriam R$ 16 milhões a mais na folha. E ano que vem, como seria? Então, eu preferi pegar esse dinheiro e investir na saúde”, garante.

DECISÃO DE DESEMBARGADOR

Durante a entrevista, Flori revelou que recebeu a informação que o Sindsul – ao saber que o desembargador Miguel Monico Neto, da 2ª Câmara Especial do Tribunal de Justiça de Rondônia, havia determinado o retorno de 80% dos professores à sala de aula (leia mais AQUI) – teria realizado uma assembleia e que a classe optou em voltar a sala de aula apenas na próxima semana.

O prefeito lamentou a decisão do retorno das aulas apenas na próxima semana e não agora. Segundo Flori, isso prova que não estão pensando nos alunos.

CPI

Questionado sobre a possibilidade da instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), Flori, mais uma vez, foi taxativo ao afirmar que o ato é um palanque para politicagem. “Quanto custa uma CPI por mês? R$ 50 mil? E pra que? só para vereador politiqueiro ficar batendo em mim? Basta fazer o requerimento e pedir”, pontuou, sem citar nomes.

Em tom desafiador, Flori declarou que, historicamente, o município vive esse tipo instabilidade por conta da politicagem e se a população quer de volta a política do “tapinha nas costas”, que fique à vontade para votar em outro candidato ano que vem.

O prefeito lamentou, ainda, a queda de braço com a educação. “Lamento por alguns professores que estão caindo na esparrela do sindicado e de vereadores politiqueiros”, finalizou.

sicoob

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