Vera Lúcia Solidera e Fátima Alves / Foto: Extra de Rondônia

A professora Fátima Alves (titular da Coordenadoria Regional de Educação (CRE/ Seduc) e Vera Lúcia Solidera (chefe do setor indígena), em entrevista ao Extra de Rondônia esta semana, explicaram as atividades da jurisdição a respeito das escolas indígenas do Cone Sul.

Fátima conta que reconhece que houve um grande desenvolvimento nas escolas indígenas nos últimos anos e que sente feliz em ver o amor dos professores que se propõem a se deslocar até as aldeias para levar conhecimento aos alunos indígenas.

Por sua vez, Vera disse que tomou posse da direção em 2021, ela informa que, atualmente, são cinco escolas indígenas atendidas pela CRE, sendo do 1º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio. As escolas indígenas são: Aikanā, Mamaindê Cabixi, Sowaintê, Capitão Aritimon e Felipe Camarão.

O primeiro avanço que aconteceu na aldeia foi através do Festival Estudantil de Arte e Cultura, popularmente conhecido como “Fera”, com projetos de “Desenho” e “Fotografia”, onde alunos foram desafiados a registrar uma imagem e escolher um tema para o desenho ou foto registrada.

Logo após, as imagens foram analisadas por fotógrafos profissionais de Vilhena e expostas para apresentação pelos alunos. A imagem foi avaliada e, através do comércio local, o aluno vencedor foi premiado.

 

Vera continua afirmando que, em 2022, a segunda conquista foi a realização da formatura dos alunos do 3º ano do Ensino Médio, onde três escolas formaram 18 alunos indígenas. “Era um desejo grande dos alunos realizarem a formatura com a beca de formatura”, analisa.

 

Já no ano de 2023, em parceria com a Secretaria de Estado da Educação, (SEDUC), e Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMAS), realizaram um levantamento para identificar as melhores habilidades dos alunos das comunidades, onde identificaram alunos com ótima habilidade em atletismo, futebol e futsal. A partir disto, realizaram uma seleção de alunos para participarem dos Jogos Escolares de Vilhena (JEVS), onde o time feminino indígena se destacou no futsal e garantiu o 2º lugar no municipal.

Outro avanço importante para a comunidade indígena foi a “Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas”, (OBMEP), com a primeira fase sendo realizada nas escolas indígenas.

Por outro lado, no “Dia do Estudante”, em parceria com colaboradores locais, a escola Sowaintê realizou o concurso Miss e Mister com trajes indígenas. O evento foi sugestão do Supervisor do setor indígena, Ozias Porto, uma forma de dar total apoio aos projetos de todas as escolas indígenas. A ideia é incentivar os alunos apreciar sua beleza sem abdicar dos seus valores.

“Sou apaixonada pela cultura indígena. Poder realizar coisas novas com eles e dar a todos a oportunidade de participação e se expressarem de alguma forma, é gratificante, pois o pouco que fazemos para eles é como se fosse algo muito grande. São pessoas de coração puro e fazem tudo com muita dedicação”, disse Vera.

“Agradeço ao governador do estado, Marcos Rocha, pela visão otimista em relação à educação e a SEDUC por todo apoio no transporte e em todos os projetos realizados na área indígena”, completou Fátima.

Para mais informações: (69) 98130-8172 / Vera Lúcia

Conheça abaixo mais projetos realizados nas escolas indígenas.

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