Na última segunda-feira, 25, o Ministério Público Federal (MPF), através do Procurador Regional Eleitoral de Rondônia, Bruno Rodrigues Chaves, manifestou-se pela desaprovação da prestação de contas de campanha a deputado federal, do atual prefeito de Vilhena, Flori Cordeiro de Miranda Junior (Podemos).
Na peça, o procurador da República analisou as contas, abrangendo a arrecadação e aplicação de recursos financeiros utilizados na campanha relativa às eleições de 2022.
Os autos foram instruídos com a documentação apresentada pelo então candidato e, ato contínuo, submetidos ao exame do setor técnico do Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia, que emitiu o parecer, opinando pela desaprovação das contas, com devolução ao erário público.
O caos tem a ver com divergências entre as informações relativas às despesas, constantes da prestação de contas, e aquelas constantes da base de dados da Justiça Eleitoral, obtidas mediante circularização e/ou informações voluntárias de campanha e/ou confronto com notas fiscais eletrônicas de gastos eleitorais, revelando indícios de omissão de gastos eleitorais.
Num dos casos, houve o pagamento de R$ 7,5 mil para um posto de combustível. Contudo, só restou comprovado, via apresentação de notas fiscais, o valor de R$ 7.024,30, permanecendo R$ 475,70 não comprovados.
Outro caso refere-se a falta de cópias de documentos pessoais com relação à militância de rua.
Entrevistado pelo Extra de Rondônia, Flori disse que vê a situação com preocupação, mas, ao mesmo tempo, com tranquilidade, no sentido de que, se tiver que devolver dinheiro para a União, será devolvido. “Pensamos que está havendo uma confusão. Explicamos esse problema ao juiz eleitoral que vai julgar a causa e esperamos que o magistrado veja de que se trata de uma confusão. Confiamos na justiça e vamos cumprir o que ela decidir”, disse o mandatário municipal.
>>> LEIA, ABAIXO, A MANIFESTAÇÃO DO MPF NA ÍNTEGRA:
Parecer MPF - Flori 31 ago2023