Uma decisão do técnico Renato Portaluppi causou mal-estar no Grêmio. O time foi derrotado no Gre-Nal 440 neste domingo, no Beira-Rio, e o treinador deixou o estádio logo após o fim da partida, por conta de uma viagem marcada para o Rio de Janeiro. O comandante gremista não concedeu entrevista coletiva.
A protocolar manifestação pós-jogo coube ao auxiliar Alexandre Mendes. Renato foi embora pouco depois do apito final, por conta de um compromisso familiar “inadiável” na manhã desta segunda-feira no Rio. O voo estava marcado para as 19h30. Assim que Mendes terminou de falar, o presidente Alberto Guerra tomou a palavra.
– Do segurança ao presidente, do faxineiro ao CEO, ninguém no Grêmio concordou com essa decisão, foi uma decisão unilateral do treinador, entendemos, ele tem compromisso amanhã de manhã. Achamos que ele deveria estar aqui dando suas explicações, mas é uma decisão que ele tomou e internamente vamos avaliar isso – afirmou Guerra.
O clima ficou ruim, claro, por conta do resultado em campo. O Grêmio teve mais uma atuação abaixo como visitante e sofreu 3 a 2 do rival no Beira-Rio. Sem vencer fora de casa desde o fim de julho, o Tricolor viu o Botafogo abrir 11 pontos de vantagem na liderança.
– Ele (Renato) tinha compromisso e saiu, eu não poderia trancar a porta e dizer “tu não sai daqui”. É isso, internamente vamos avaliar, falar com ele na reapresentação. Importante que eu expresse que o presidente não está de acordo, Conselho de Administração não está de acordo. O que se pode fazer? Demissão? Obviamente não, não é o caso, seria punir o time, ele está indo muito bem, fazendo excelente trabalho, mas tomou uma atitude contrária ao que achávamos melhor – ressaltou o presidente.
Mesmo com o revés no clássico, o Grêmio deu três dias de folga ao elenco, por conta da pausa no calendário para data Fifa. Na quinta-feira, o time se reapresenta para seis dias de preparação para o próximo compromisso no Brasileirão, dia 18, contra o Athletico-PR, na Arena.
