Vilhena uma cidade de contrastes, que ficou evidente após a inauguração da decoração natalina na última sexta-feira, 27, na praça Nossa Senhora Aparecida.
O brilho chamativo, característico desse período de final de ano, revela uma situação que tem incomodado muitos vilhenenses, a conservação e a limpeza do logradouro público.
Apesar de um servidor da secretaria de obras, ser o responsável para fazer o trabalho, manter a limpeza da praça é um desafio constante e desanimador. O motivo são pessoas em situação de rua que praticamente moram no local e usam os bancos como camas e o acumulam entulhos.
Um internauta, que preferiu não se identificar, enviou imagens à redação do Extra de Rondônia que mostram o acumulo de lixo deixado por estas pessoas que optaram em morar no local, porém é evidente que alguns frequentadores da praça também contribuíram para a sujeira.
Além do lixo, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas ao ar livre, o mau cheiro e a insegurança geram questionamentos.
“Alguém precisa tomar uma providência, não dá pra gastar esse tanto de dinheiro com iluminação e ficar desse jeito, tem andarilho ingerindo bebida alcoólica e deitado no meio da praça, local onde as famílias vão com crianças para tirar fotos”, frisou o internauta.
Nesta imagem, próximo ao túnel de luzes é possível ver uma desses moradores usando o banco como cama. Quem vem conhecer a decoração, seja de Vilhena ou de outro município vizinho, se depara com a cena que é característica de uma cidade grande.
O problema não é de agora, a meses outro andarilho simplesmente mora na praça, se abriga em volta do prédio da antiga biblioteca, que há anos parou de funcionar, mas que atualmente serve de moradia para quem está em situação de rua.
Neste flagra, é possível ver que ali mesmo andarilho prepara a comida.
A reclamação principal de quem vai à praça é o acumulo de lixo que deixa um cenário de abandono.
STF PROIBE REMOÇÃO
Apesar da cobrança, de um dos internautas, para que as autoridades municipais façam algo para resolver a questão, o problema não é tão simples assim.
Ocorre que a prefeitura de Vilhena está de maus atadas, quando a questão de remover essas pessoas que moram na praça.
Isso porque em agosto passado o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para referendar a decisão do ministro Alexandre de Moraes que proibiu, através de liminar, que os municípios, estados e o Distrito Federal removam e transportem de forma compulsória pessoas em situação de rua.
A decisão também proíbe o recolhimento de bens e pertences dessas pessoas.
Moraes estabeleceu prazo de 120 dias, que se esgota em novembro, para que o governo federal construa um plano de ação e acompanhamento para a implantação da Política nacional para a População de Rua.