Cidade de São Miguel de Guaporé / Foto: Divulgação

O vereador Leandro Aparecido do Carmo, o Leandro Santana, do PSD, está sob investigação da 1ª Promotoria de Justiça de São Miguel do Guaporé após declarações durante a 32ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal, ocorrida em outubro de 2022.

O promotor de Justiça Lincoln Sestito Neto está incumbido do caso, conforme deliberação publicada no Diário Oficial.

As palavras do vereador geraram protestos na época e agora resultam em desdobramentos legais, com uma denúncia convertida em inquérito civil público para averiguar um possível discurso homofóbico.

Durante a análise do Projeto de Lei nº 96, inspirado na Lei Paulo Gustavo, Santana adotou um tom sarcástico ao mencionar a comunidade LGBTQIA+. Após críticas de Valmir do Sindicato (PT), outro membro do legislativo, o vereador do PSD expressou ser contrário a gays e lésbicas por “não gerarem família”.

Mesmo sob pressão de seus pares e membros da sociedade civil, Santana não recuou e manteve seu posicionamento nas redes sociais.

Em um vídeo publicado em uma plataforma online, o vereador justificou sua posição, alegando ser contra projetos que “ofendem a honra da família, dos princípios da igreja e da bíblia”.

As declarações incisivas resultaram em acusações de homofobia, culminando em uma manifestação organizada pela comunidade LGBTQIA+ e simpatizantes no Legislativo municipal. O coletivo Somar, em conjunto com o Grupo Comunidade Cidadã Livre (Comcil), emitiu uma nota de repúdio assinada por mais de dez grupos do Movimento LGBTQIA+ de Rondônia, destacando o legislativo como espaço de proselitismo que exclui parte da população.

Na 33ª Sessão Ordinária, Santana classificou as manifestações como “politicagem” e persistiu no tom homofóbico. Contudo, o PL nº 96, que buscava apoiar a produção audiovisual voltada para questões sociais LGBTQIA+, folclóricas, indígenas e quilombolas, foi aprovado por maioria absoluta, apesar da resistência do parlamentar.

 

 

 

 

 

 

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