Prefeito de Vilhena acompanhou senador durante a entrevista no site EXTRA DE RONDÔNIA / Foto: Redação

O senador Jaime Bagattoli visitou, esta semana, a redação do Extra de Rondônia, momento em que fez uma avaliação do seu 1º ano de mandato no Senado Federal.

Bagattoli, que reside em Vilhena e tem como reduto eleitoral a região do Cone Sul, de forma breve, enumerou os recursos alocados para o município, confirmou presença em evento convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro dia 25 em São Paulo e garantiu que irá participar ativamente das eleições municipais nos 52 municípios rondonienses neste ano.

Especificamente, com relação a Vilhena, Bagattoli garantiu “100% de apoio” ao prefeito Flori Cordeiro (Podemos), caso ele decida por disputar a reeleição em outubro próximo.

>>> LEIA, ABAIXO, A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA:

 

EXTRA DE RONDÔNIA: O senhor completou um ano de mandato no Senado Federal. Qual é sua avaliação e quais benefícios foram alocados para Rondônia?

JAIME BAGATTOLI: Eu saí da minha condição de empresário para ser senador da República. Fui para uma campanha dizendo que eu precisava e devo dar uma retribuição para o Estado de Rondônia, pelos 50 anos que nós estamos aqui no Estado, especificamente, mais na região do Cone Sul. Em 2023, meu primeiro ano de mandato, tivemos poucos recursos. Conquistamos em torno de R$ 23 milhões. E, desse valor, mandamos em torno de R$ 7 milhões para Vilhena.

Para 2024, tenho quase R$ 70 milhões em emendas individuais e mais R$ 42 milhões de bancada, que fecharia R$ 112 milhões. Infelizmente, foram tirados, praticamente, R$ 14 milhões das emendas de bancada, que isso representa aproximadamente R$ 150 milhões entre os 11 parlamentares aqui no Estado de Rondônia, para que se jogasse no fundo partidário, uma questão que fui contrário, mas estamos lutando para que volte os R$ 14 milhões. Na condição de parlamentar, tenho compromisso com 52 municípios de Rondônia.

Tenho uma gratidão por Vilhena onde tive mais de 70 % dos votos válidos, mas eu tenho compromisso com os 52 municípios. Mas, na questão da saúde, sempre frisei, sempre deixei claro à população do estado de Rondônia, que temos que focar um pouco mais de recursos, principalmente, nos municípios pólos que atendem os demais municípios, como no caso de Vilhena, Cacoal, Rolim de Moura, Ji-paraná, Ariquemes, Porto Velho, Guajará-Mirim. Temos que procurar atender todos os municípios, independente de sigla partidária.

 

EXTRA: Como repercutiu no Senado e entre os aliados a operação que teve contra o ex-presidente Jair Bolsonaro?

JAIME: Estamos vivendo um momento muito difícil no país. Um momento jamais visto na história da República. O que aconteceu nos últimos quatro anos do governo Bolsonaro, e no primeiro ano agora do governo Lula, em 2023, o país não tem que pensar em centro, direita ou esquerda.  O país tem que pacificar os poderes. E o que não me conformo é porque as pessoas que roubaram, saquearam o país, estão fora? Não vimos acontecer nada e terminou 2023.

Inclusive, o (ex-governador Sérgio) Cabral, do Rio de Janeiro, o homem que estava condenado há 400 anos, está todo mundo de boa. Penso que o STF tem que entender, de uma vez por todas, que os poderes são independentes, mas tem que pacificar. O que está acontecendo no nosso país só está tumultuando a situação e criando rivalidades. Temos que pensar no povo. Temos 210 milhões de pessoas no país, um país que já teve um déficit no passado de mais de R$ 230 bilhões. Vamos ter o PIB que representa o agronegócio brasileiro, que é aproximadamente de 30%. Ele deve diminuir de 15 % a 20 % em relação ao ano passado.

Não vi, até agora, nenhuma ação contra o Bolsonaro, dizer que a equipe dele fez qualquer tipo de falcatrua ou que roubou o país. Porque se tivesse saqueado, tivesse roubado o país, igual aconteceu com os governos anteriores, você pode ter certeza que eu não seria a favor dessa situação. Sou pelo direito, pelas pessoas que são do bem. Fiquei muito triste quando o Bolsonaro perdeu a eleição. Na verdade, quem perdeu não foi o Bolsonaro, quem perdeu foi o povo brasileiro. E isso que está acontecendo com ele é a maior barbaridade que pode estar acontecendo.

Essa é a maior perseguição que já vi na história em cima de partido político. É só vocês verem, querendo afastar o presidente nacional do partido, do próprio Bolsonaro, e talvez daqui a pouco de demais parlamentares que são desse partido do PR.

 

EXTRA: O ex-presidente Bolsonaro convocou simpatizantes para um manifesto programado para 25 de fevereiro em São Paulo. O senhor estará presente ao evento?

JAIME: Sim, estarei presente. Confirmei minha presença com o próprio ex-presidente. Bolsonaro é um homem íntegro e a manifestação é pacífica. Não vai ter faixa, não vai ter nada, nós precisamos ter uma manifestação pacífica. E o nosso ex-presidente quer esclarecer muitas coisas para a população brasileira. Eu, na condição de senador, estarei lá na Avenida Paulista, nesse palanque.

Senador Jaime Bagattoli foi recebido pelo jornalista Orlando Caro, diretor do Extra / Foto: Redação

EXTRA: Se comenta muito em privatização da BR-364, de Vilhena até Porto Velho. O senhor é favorável ou contrário?

JAIME: Sou a favor da privatização. Se você voltar ao passado, olha quantas rodovias foram privatizadas no país. Andei, inclusive, numa de Uberaba a Brasília. Saí de Santa Catarina, de carro, e fui para Brasília. Fiquei indignado com a nossa BR daqui. A BR de lá é um espetáculo; foi privatizada, duplicada, é um espetáculo. Faço parte da Comissão de Infraestrutura do Senado, que tem acesso ao DNIT. Estamos acompanhando, porque também a privatização, a princípio, seria em torno de 120 quilômetros de duplicação, em torno de 200 e poucos quilômetros de terceira faixa. Vai ter que privatizar? Vai. Agora, temos que estar conscientes que o povo brasileiro não aceita. Precisamos parar com essa situação de só aumentar impostos, porque isso só acarreta aos mais pobres, aos mais fracos, que são os que acabam pagando na ponta final os impostos.

 

EXTRA: De 0 a 10, qual é a nota que o senhor dá ao primeiro ano do Governo Lula?

JAIME: Como que você vai dar nota a um governo desse que não governa o país? É o presidente da República que vi mais viajar em toda a história até hoje da República. Hoje mesmo, o homem está lá para fora, de novo. Então, quer dizer, um governo que tem que estar presente, hoje está lá pedindo pacificação com esses países que estão em conflito. Está tudo certo, sem nenhum problema. Mas, gente, olha como é que nós estamos, cito apenas essa Reforma Tributária. Uma reforma que foi votada sem que os parlamentares tenham a mínima consciência do que votaram. Não sabemos nem o reflexo que vai ter isso aí. A única coisa que tenho absoluta certeza é que o povo brasileiro vai pagar mais imposto.

 

EXTRA: O senhor disse que colocou R$ 7 milhões de emendas para Vilhena. Pode citá-las

JAIME: Foram quase R$ 8 milhões: R$ 5 milhões para asfaltamento lá para o setor 22,  mais R$ 1,2 milhão para assistência social e outros recursos. E aí inclui caminhonete, equipamentos para o CRAS, aparelho de ressonância magnética, que custa em torno de R$ 9 milhões. Vamos fazer mais investimentos de custeio na Saúde, em torno de R$ 6 milhões. Vamos também contribuir bastante com a prefeitura.

 

EXTRA: Como está seu relacionamento com o governador de Rondônia, Marcos Rocha?

JAIME: Essa pergunta é um ponto de interrogação. Sempre procurei, desde o primeiro dia, igual eu falei para você, eu sou amigo dos 52 municípios do estado de Rondônia. E não seria diferente a minha posição com o governador. Estou procurando em todos os termos, mas não consigo chegar nele. Já conversei umas duas ou três vezes e tentei uma aproximação através do Júnior Gonçalves (chefe da Casa Civil). Antes de tudo, o Jaime Bagatolli é senador do Estado de Rondônia e do Brasil. Marcos Rocha, independente de sigla partidária, é governador do Estado. Então, nós, parlamentares, temos compromissos. Somos três senadores, oito deputados federais e mais 24 deputados estaduais que temos compromisso com Rondônia. Mas quero deixar claro aqui, mais uma vez: estou à disposição para ajudar no que for importante e necessário para Rondônia.

 

EXTRA: 2024 é ano eleitoral para os cargos de  prefeito e vereador. O senhor vai se envolver na campanha politica nos municípios rondonienses?

JAIME: Eu era presidente do PL em Rondônia e hoje não tenho a coordenação do partido, que está sob o comando do senador Marco Rogério. Estamos fazendo uma análise profunda, mas, independente de sigla partidária, vou participar das eleições, daquilo que eu puder participar. Aqui em Vilhena, por exemplo, o prefeito Flori Cordeiro (Podemos) está bem. Podemos fazer uma junção, uma união. Quero ser honesto e direto: já  falei com o prefeito e, se ele for para reeleição, terá 100% de apoio do senador Jaime Bagattoli.

 

 

 

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