As perspectivas da economia brasileira são boas, mesmo que ao nosso redor aja uma estagnação econômica mundial e que algumas grandes economias estejam entrando em recessão.
A balança do comércio exterior do país tem apresentado superávits consistentes, sólidos e expressivos. O Brasil está exportando a média diária de 1 (um) bilhão de dólares, com uma pauta diversificada de produtos. Ressaltamos as vendas do agronegócio, minério de ferro e petróleo. Estamos produzindo atualmente 3,4 milhões de barris de petróleo por dia. No ultimo ano exportamos 31% do total de petróleo produzido no país.
A China é nosso principal importador e sua representatividade tem crescido nos últimos anos. Em 2022 ela representava 26,8% das exportações totais e em 2023 passou para 30,7%. Ou seja, teve um acréscimo de 4,0% em apenas um ano. No momento, as compras da China provenientes do Brasil, montam US$ 100 bilhões anuais. É preciso acompanhar a evolução destes números e diversificar nossos mercados externos, evitando assim uma concentração de compradores.
Poucas nações estão apresentando contas externas com saldos tão saudáveis quanto as nossas. Exportamos alimentos, sob a forma de grãos, cujo consumo anual cresce porque a população do globo avança sem parar, independentemente da estagnação econômica. Isso não se alcança de uma hora para outra, nem é fruto da atual gestão, porém é um processo amplo e persistente, desenvolvido ao longo dos anos recentes, resultante de uma visão de negócios sábia e profissional, planejamento e austeridade, eficiência e orientação para resultados, via iniciativa privada.
Espera-se um impacto positivo na moeda brasileira, valorizando-a. A tendência é que o real se fortaleça perante outras moedas, partindo de um superávit anual de US$ 98 bilhões nas contas externas em 2023.
Este fato trará consequências específicas para as empresas que atuam no comercio exterior. É preciso preparar-nos, convenientemente, para esses novos tempos. Também devemos ter em mente que a inflação no primeiro mundo é em torno de 1,0% a 1,5% ao ano; que os preços dos produtos não são alterados apesar dessa taxa de inflação; e que os gestores empresariais devem produzir ganhos de eficiência operacional, anualmente, de modo a absorver toda a inflação vigente (sem elevação dos preços das mercadorias e produtos).
Entre as oportunidades de negócios, existentes para os grandes investidores internacionais, está a negociação de moedas com perspectiva de valorização. Eles acompanham de perto as atividades econômicas dessas nações, bem como o sobe e desce das moedas, obtendo resultados financeiros nessas transações.
Conclusão: É admirável que o Brasil tenha produzido em 2023 um respeitável superávit de US$ 98,8 bilhões de dólares (fonte: Globo Economia), no comercio externo. É surpreendente que o balanço do tesouro nacional, também em 2023, tenha apresentado um déficit primário de R$ 230,5 bilhões (fonte: CNN). Dois desempenhos tão distintos e opostos, no mesmo ano! Pense nisso enquanto lhes digo até a semana que vem.