Na manhã desta quarta-feira, 28, em entrevista ao Extra de Rondônia, o delegado Mayckon Pereira falou sobre o encerramento do inquérito que apurou a morte do garoto A., de um ano e 11 meses, em Cerejeiras.
Segundo o delegado, a madrasta, suspeita de ter cometido o crime e jogado o cadáver em um poço de 10 a 15 metros em uma propriedade rural no município, foi indiciada por homicídio qualificado e ocultação do cadáver. Ela deve aguardar o julgamento na prisão.
De acordo com o delegado, a suspeita tem passagens por furto em Vilhena, e morava com o pai da vítima há aproximadamente três meses e cuidava de mais três filhos do amásio, sendo a mais velha uma menina de 12 anos.
O delegado Maickon relata que pai da criança, que é motorista de caminhão, ficava pouco em casa, e os filhos eram cuidados pela madrasta. No entanto, ao chegar de viagem, percebeu que o menino não estava na residência e perguntou à mulher sobre ele, na qual ela disse que estava com uma vizinha. Algum tempo depois, o marido perguntou novamente para ela onde estava a criança, e ela disse que o garoto havia sumido. Diante do fato, o pai chamou a madrasta para irem à delegacia registrar o boletim de ocorrência e pedir ajuda para encontrar a criança.
Porém, na delegacia, os policiais desconfiaram da mulher, haja vista que ela mudava a todo momento a versão sobre o desaparecimento da criança e induzia o marido a mentir.
Entretanto, foi montada uma força-tarefa com apoio do Corpo de Bombeiros e Polícia Militar para realizar buscas à procura do menino. Todavia, como os policiais que investigavam o sumiço do garoto já desconfiavam da madrasta, começaram a conversar com a filha mais velha, a qual relatou que a madrasta costumava ir a um sítio onde o proprietário aparecia de vez em quando e que ela levava o garoto para este local para castigá-lo.
Ainda segundo o delegado, a menina levou os policiais ao local, onde a equipe fez uma varredura e, ao tirarem a tampa do poço, de imediato avistaram o corpo da criança de barriga para baixo. Porém, devido ao local estar tampado e pela profundidade, o odor não chegava à superfície.
Indagada sobre o fato, a madrasta negou que tenha matado a criança e jogado o corpo no poço, mas as provas encontradas durante as investigações e o laudo pericial apontaram a culpabilidade da suspeita e o delegado concluiu que ela é autora do homicídio, sendo indiciada por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
O inquérito foi remetido ao Ministério Público, o qual vai aceitar a denúncia, arquivar ou pedir outras diligências, finalizou o delegado Mayckon Pereira.