A reconstrução da BR-119, única rodovia que liga Manaus a Porto velho (e ao restante do país), não tem potencial de causar impactos ambientais ou mesmo culturais, pois a estrada já existe e é utilizada diariamente.
Hoje, o que deve ser feito é apenas uma reconstrução, ou seja, repavimentação da estrada como já havia sido cogitado pelo governo Bolsonaro por meio do ex-ministro Tarcísio à época.
De acordo com o vice-líder do PL na Câmara Federal, o Deputado Federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO), dentro do perímetro de risco, onde existem Terras Indígenas (TIs) e as Unidades de Conservação, nada vai mudar, os mesmos já são cuidados e muito bem tratados há mais de 50 anos.
“Eu mesmo sou descendente de indígena da tribo tukano de Rondônia-RO, sou o único parlamentar homem indígena no parlamento federal e sei o quanto é importante para o desenvolvimento econômico e também do estado por essa rodovia. ”, afirmou o deputado.
A BR-319 possui mais 800 km de extensão e foi construída na década de 1970. Devido à falta de manutenção, dois trechos da rodovia que mais apresentam problemas são chamado do “meio” ou “meião”, com 405 km de extensão, e o Lote C ou “Charlie”, que compreende 52 quilômetros da rodovia.
Em época de seca os problemas mais recorrentes são buracos e muita poeira. Já durante o período chuvoso, o atoleiro é o maior desafio. Atualmente, somente os trechos próximos às capitais (Porto Velho e Manaus) são asfaltados e muito bem cuidados.
Um estudo realizado pela Climate Policy Initiative em parceria com a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (CPI/PUC-Rio), propõe aprimorar a infraestrutura logística da estrada para reduzir o isolamento de Rondônia e do Amazonas, bem como promover o transporte de pessoas e de mercadorias como hortifrútis, por exemplo, entre a Amazônia Legal e Porto Velho, dentre outras partes do Brasil.
No entanto, o estudo não abrange somente o desenvolvimento das duas capitais. O projeto de infraestrutura na região pode resultar no impacto socioambiental que não proporcionam benefícios para a população local, concentrando os ganhos da produção agropecuária em áreas limitadas para o Brasil.