Caso aconteceu na escola Omar Godoy / Foto: Divulgação

O Extra de Rondônia, através da rede social Instagram, trouxe à tona nesta terça-feira, 5, um caso que repercute no município de Vilhena: a denúncia de agressão de criança autista, aluno de da escola municipal Omar Godoy.

O assunto gerou registro de Boletim de Ocorrência (BO) e vários envolvidos na questão deram suas versões, as quais também foram publicadas.

Contudo, a questão gera reflexão e análise da importância da preparação dos servidores para atender crianças com autismo no município.

O CASO

O caso foi incialmente levantado pela internauta Franciele Abraedi, ao publicar um vídeo em que a mãe questiona ao filho, aluno de escola municipal, sobre uma marca vermelha no braço e ele responde que “foi a professora”.

Após o relato da criança, que é portadora do espectro autista, a mãe formalizou denúncia na Delegacia de Polícia Civil de Vilhena, sendo o fato identificado como “lesão corporal dolosa”.

A reportagem do Extra de Rondônia entrou em contato com o Prefeito de Vilhena, Flori Cordeiro, a qual informou que a Secretaria de Municipal de Educação (SEMED), abrirá um procedimento para ouvir a servidora municipal que desempenha a função de cuidadora da criança na referida unidade educativa. Ao mesmo tempo, estão programadas audiências com outros envolvidos, visando uma resolução justa e cuidadosa do caso.

O prefeito informou que, no ano passado, a administração municipal contratou 30 novos cuidadores por meio de concurso, presumivelmente preparados para a função. “Este ano, foram contratados mais 35 novos professores, evidenciando um considerável investimento na educação local, com a expectativa de colher resultados positivos desses profissionais”, enfatizou.

NOTA OFICIAL

Depois, em nota oficial, a assessoria de Comunicação da prefeitura divulgou “Nota da Esclarecimento” sobre a questão. Leia a nota abaixo:

“A Prefeitura de Vilhena, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed) vem a público esclarecer os fatos referentes a um vídeo que está sendo divulgado nas redes sociais, gravado por uma mãe, em que mostra suposta lesão sofrida pelo filho, portador do espectro autista, na Escola Municipal Omar Godoy, por parte de uma servidora.

A equipe pedagógica da Semed esteve reunida com a mãe da criança no início da tarde desta terça-feira (05), tão logo tomou conhecimento do ocorrido. Na reunião, ficou claro que a servidora não teve a intenção de machucar a criança, que teria sofrido uma crise, o que levou a servidora a segura-la pelo braço com a intenção de contê-la e evitar que se machucasse, o que provocou a vermelhidão.

Após ouvir os relatos da mãe, a Semed se comprometeu em apurar a conduta da servidora. A Prefeitura de Vilhena também se comprometeu em dar total apoio psicológico para a criança e a mãe. A pedido da mãe a criança foi transferida para a Escola Penha Rosendo”.

DIRETORA E VICE ESCLARECEM

As servidoras municipais Luzinete Leone e Margarete Arruda, diretora e vice, respectivamente, da escola Omar Godoy, estiveram na redação do Extra de Rondônia para esclarecer o ocorrido envolvendo a suposta agressão ao aluno.

Margarete Arruda e Luzinete Leone, vice e diretora da escola Omar Godoy / Foto: Extra de Rondônia

Margarete disse que ele é aluno da instituição há três anos, desde a época da creche, e que, no ano passado, contava com o auxílio de uma cuidadora devido às suas necessidades especiais. Explica que a profissional decidiu continuar prestando assistência este ano devido aos avanços notáveis observados na criança.

No entanto, Margarete afirmou que, recentemente, o aluno teve um episódio de desregulação, algo que já havia ocorrido anteriormente. Garante que, na tentativa de acalmá-lo, a cuidadora segurou seu pulso para evitar que se machucasse, já que – segundo ela – o aluno tem o hábito de se arranhar facilmente. “Infelizmente, essa ação resultou em uma pequena marca na pele. Mas em nenhum momento a cuidadora teve intenção de machucar o aluno”, esclarece.

Por outro lado, Luzinete Leone e Margarete afirmam que há outras marcas presentes no menino, mas que “a criança já veio de casa com elas”. Elas explicaram que o incidente ocorreu quando as professoras decidiram remover o carrinho utilizado pela criança da sala de aula para dar início à aula, o que causou a desregulação no aluno. Elas ressaltaram a competência dos profissionais da escola e mencionaram a existência do Atendimento Educacional Especializado (AEE) para alunos com necessidades especiais.

As servidoras enfatizaram que a escola recebe todos os alunos com afeto e cuidado, sempre atentas ao bem-estar dos mesmos.

sicoob

COMUNICADO: Atenção caros internautas: recomenda-se critérios nas postagens de comentários abaixo, uma vez que seu autor poderá ser responsabilizado judicialmente caso denigra a imagem de terceiros. O aviso serve em especial aos que utilizam ferramentas de postagens ocultas ou falsas, pois podem ser facilmente identificadas pelo rastreamento do IP da máquina de origem, como já ocorreu.

A DIREÇÃO