Foto: Assessoria

A Polícia Federal (PF) lançou nesta terça-feira, dia 12, a operação Limítrofe, visando desarticular um grupo especializado na falsificação de documentos públicos, utilizados para dar uma aparência de legalidade à madeira extraída ilegalmente em Alta Floresta D’Oeste/RO, Porto Velho e nos distritos de Vista Alegre do Abunã, Nova Califórnia e Extrema.

Doze mandados de busca e apreensão foram cumpridos por determinação da 3ª Vara Federal da Seção Judiciária de Rondônia, acompanhados pela ordem judicial de sequestro/bloqueio de R$ 51.262.617,97.

Esta ação simultânea, realizada em cinco localidades distintas, contou com a participação de 44 policiais federais e resultou na apreensão de um veículo e uma arma no distrito de Nova Califórnia.

As investigações tiveram início em 2019 após uma denúncia anônima informar que madeireiros da região estariam explorando madeiras na Terra Indígena Kaxarari, inclusive com a conivência de lideranças indígenas locais. Durante as investigações, foram descobertas falsificações em diversas autorizações de extração, que teriam beneficiado várias pessoas físicas e jurídicas.

Após a perícia do local indicado nas falsas autorizações, foi constatado que se tratava de uma área de proteção ambiental, localizada na Terra Indígena, e que, de fato, não houve extração de madeira de um local permitido, o que reforça a suspeita de que os criminosos falsificaram os documentos para “esquentar” a madeira extraída ilegalmente.

Os investigados responderão, de acordo com sua participação, pelos crimes de falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, crimes ambientais e organização criminosa, cujas penas somadas podem ultrapassar 27 anos de prisão.

A Polícia Federal continua trabalhando constantemente para preservar a integridade do meio ambiente, garantindo que ações que atentem contra os interesses ambientais sejam reprimidas com rigor, de acordo com a lei penal.

 

sicoob

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