O Governo do Amazonas acaba de conceder a primeira licença ambiental para a exploração de potássio no estado. O minério, abundante na região, é essencial para a fabricação de fertilizantes, utilizados na produção de alimentos.
Desde o ano passado, o tema ganhou espaço nas discussões e comissões do Congresso Nacional, muito em virtude do atual cenário global. O vice-presidente da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), o senador Jaime Bagattoli (PL) lembrou que, atualmente, o Brasil é dependente da importação desse minério, algo que impacta diretamente no custo de produção e, consequentemente, impedindo o país de ter uma maior competitividade no exterior.
“Hoje, para se ter ideia, nós precisamos importar 90% de todo o potássio utilizado no país, mesmo tendo imensas reservas que poderiam abastecer a nossa agricultura pelas próximas décadas. Ainda assim, a gente segue refém da importação de potássio de países em conflitos, como a Rússia, Ucrânia e países do Oriente Médio. Isso significa um risco de desabastecimento e para a segurança alimentar, caso as guerras se intensifiquem. Por isso, parabenizo o governo do Amazonas por esse importante passo dado”, avalia o senador.
Na prática, a primeira licença ambiental, de um total de 11 licenças, foi emitida pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), e deve permitir a instalação da infraestrutura de exploração de uma mina da Companhia Potássio do Brasil, na cidade de Autazes. A estimativa é de que esta deverá ser a segunda maior mina do segmento no mundo.