Artigo: Humberto Lago

O país acompanha – com solidariedade, vivo interesse e atitudes práticas – a enchente e suas consequências sobre o povo gaúcho, neste Maio/24.

Gostaria de convidar nossos empresários, administradores e empreendedores a, observando o ocorrido, identificar e extrair algumas lições de vida dessa tragédia. Afinal de conta, a vida continua; e urge continuar trabalhando na função relevante de manter empregos, gerar riqueza e contribuir para a estabilidade social.

A imediata reação de inúmeras pessoas, cidades, países, organizações e empresas, mundo a fora, foi admirável e inesperada; ampla e profunda. O surgimento de voluntários, profissionais liberais, homens e mulheres comuns, organizações e instituições civis e religiosas, se irmanaram no auxílio às pessoas e comunidades atingidas. Sua sensibilidade foi despertada e seu instinto humanitário aflorado. As perdas (materiais) de muitos, foi maior do que as provocadas por certas guerras.

Às vezes grandes problemas externos sobrevêm causando perdas significativas e imprevistas, aos seres humanos, empresas e comunidades. Ninguém imaginava que uma calamidade tão grande, pudesse vir e destruir, de uma hora para outra, o patrimônio de milhares de famílias e centenas de empresas, construídos ao longo de décadas de trabalho e resiliência.

Repentinamente, pessoas perdem seus lares, bens materiais, locais de trabalho, necessitando de abrigos, alimentação, agasalhos, água, remédios etc. O balanço indica a morte de 157 pessoas, mais 98 desaparecidos e 806 feridos. Nem a ação do exército, polícia militar e organizações civis dispõem da capacidade de acolher e suprir as necessidades imediatas de tantas pessoas.

Passados alguns dias, o nível das águas começa a baixar, famílias começam a retornar às suas casas, avaliando melhor toda a destruição. Agora inicia-se a árdua e longa atividade de reconstrução do que foi perdido. A federação das indústrias do R. G do Sul estima que as industrias locais levarão 3 anos para retornar à suas atividades rotineiras.

Não há como identificar e agradecer a todos aqueles que, de uma forma ou de outra, participaram do desafio de socorrer, resgatar, acolher e amparar a tantas comunidades. A identificação dos culpados não é prioritária. Também não há como restituir as vidas perdidas. Agora é enfrentar os desafios da hora presente e prosseguir, rumo a dias melhores.

Concluindo, minha palavra para os empresários e administradores é: 1.-Continuar ajudando e socorrendo os desabrigados; 2.-Mesmo em meio à pior das crises, sempre é possível encontrar pessoas boas e instituições dispostas a ajudar, participar e contribuir; 3.-Há muitas pessoas de bem à nossa volta e isso é uma realidade; 4.-O ser humano tem valor e conteúdo. A bondade e fraternidade estão no nosso DNA. Isso ocorre porque na criação do homem recebemos o sopro divino; 5.-Uma reconstrução sempre é possível. Relembre a recuperação da Europa, logo após a segunda guerra mundial; 6.-Quer queiramos ou não, aceitemos ou não, há um Deus Criador, Senhor e Provedor de todas as coisas; e 7.-Ele nos convida a amar; a andar nos seus caminhos; a ter uma vida saudável e vitoriosa. Eu creio nisso. Pense nisso enquanto lhes digo até a semana que vêm.

sicoob

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