Foto: Gabriel Faria /Embrapa

O mercado físico de boi gordo registrou uma semana de cotações estáveis a mais altas nas principais praças de comercialização do Brasil.

Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, o mercado físico registrou um ou outro negócio acima da referência média, com a atual movimentação do câmbio gerando otimismo entre os pecuaristas, uma vez que a moeda brasileira voltou a flertar na linha dos R$ 5,50/dólar.

Foram observadas altas no preço da arroba, especialmente em São Paulo. Contudo, a posição confortável das escalas de abate nas demais praças ainda foi um importante limitador para altas mais agressivas nos preços do boi gordo durante a semana.

Os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do país estavam assim no dia 20 de junho:

São Paulo (Capital): R$ 220, alta de 2,33% frente à semana passada, de R$ 215

Goiás (Goiânia): R$ 200, avanço de 1,52% perante a semana anterior, de R$ 197

Minas Gerais (Uberaba): R$ 208, estável frente ao fechamento da última semana

Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 210, inalterado frente à última semana

Mato Grosso (Cuiabá): R$ 210, aumento de 0,48% frente aos R$ 209 da semana passada

Rondônia (Vilhena): R$ 185, sem mudanças frente à semana passada.

BOI NO ATACADO

O mercado atacadista segue com inexpressiva movimentação de negócios e com preços acomodados em grande parte do mês, em um ambiente pautado pela grande quantidade de produto em estoque.

Para Iglesias, é importante mencionar que a virada de mês será importante, oferecendo oportunidades para recuperação dos preços da carne no atacado.

O quarto traseiro do boi se manteve em R$ 17,00 por quilo. O quarto dianteiro do boi permaneceu cotado em R$ 12,50 por quilo.

EXPORTAÇÕES DE CARNE BOVINA

As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 433,219 milhões em junho (10 dias úteis), com média diária de US$ 43,321 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 97,254 mil toneladas, com média diária de 9,725 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.454,50.

Em relação a junho de 2023, houve baixa de 6,6% no valor médio diário da exportação, ganho de 6% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 11,9% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

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