O cenário tem sido de completo caos nesta semana para quem vive em Porto Velho (RO). O município já completou mais de 80 dias sem chuvas e o rio Madeira, principal hidrovia da região, tem caído para cerca de 2 metros.
Somado a isso, o calor e as queimadas deram à capital o título de pior qualidade do ar do país nos últimos dias.
Enquanto isso, a principal alternativa para se evitar um desabastecimento de combustíveis e gás de cozinha em Rondônia, além de alimentos no Amazonas, segue sem atualizações.
“A solução para tudo isso está ao nosso lado e ela se chama BR-319, uma rodovia que já existe há mais de 50 anos e que é a única ligação por terra entre os dois estados, mas que não tem sido prioridade das autoridades nacionais quando o assunto é infraestrutura. Pelo contrário, temos visto cada vez mais entraves para que a recuperação não saia do papel”, afirma o senador.
SEM RESPOSTA
Preocupado com a piora do quadro na economia, na saúde e no risco de desabastecimento, o senador Jaime Bagattoli (PL) reiterou o pedido feito ao Ministério das Cidades, no último mês, em que o parlamentar sugere a elaboração de um programa emergencial de enfrentamento da Crise Hídrica em Rondônia.
“Tenho recebido muitos relatos de que bairros da capital já sofrem com a falta de água. Nas redes sociais e até em rede nacional, Porto Velho tem sido apontada como a cidade com o pior ar para se respirar no país. As queimadas chegaram a interferir nos voos, a seca do Madeira já ameaça o fornecimento de combustíveis e gás de cozinha e ainda assim não tivemos nenhuma resposta do Ministério das Cidades e do Governo do Estado quanto ao meu pedido”, lembrou o senador.
PROGRAMA
Na prática, Jaime defende que o programa de enfrentamento à crise hídrica seja construído em cooperação entre a pasta federal e o Governo Estadual, por meio da concentração de esforços que garantam o abastecimento de água tratada à população dos 52 municípios de Rondônia.
No documento, o senador defende, ainda, que medidas sejam pensadas para garantir o abastecimento de combustíveis e gás de cozinha, uma vez que parte deles chegam ao estado por meio da hidrovia do rio Madeira, que já registra nível próximo aos 2 metros.