O cientista político, jornalista e pesquisador vilhenense Dejanir Haverroth colocou mais uma vez o IRPE, instituto de pesquisas que comanda, em evidência estadual.
Tudo porque lançou por conta própria o nome do prefeito vilhenense na sucessão governamental, com resultado que surpreendeu muita gente: na situação proposta pela sondagem Zé Rover aparece melhor que o próprio governador Confúcio e muito acima de pesos pesados da política rondoniense, como o presidente da ALE, Hermínio Coelho.
A divulgação do material causou repercussão, mas Haverroth se escora no desempenho histórico do IRPE, que sempre acerta os resultados das pesquisas que realiza. “É evidente que estamos mostrando um cenário específico, e correspondendo ao tempo atual. Faltam muitos meses para a disputa, e muita coisa deve mudar. Mas considero que Rover é um líder emergente, que está ocupando seu espaço, e que tem tudo para crescer politicamente e conquistar outros cargos no futuro”, argumentou.
Segundo ele, o lançamento do nome de Rover na pesquisa não foi sugerido por ninguém, nem atendeu pedido de algum grupo político. “Na verdade, a idéia surgiu quando me lembrei da última entrevista que fiz com Ivo Cassol, ocasião em que o senador declarou que o nome do prefeito vilhenense era um dos trunfos do grupo político que comanda”, disse. Isso explica, para Dejanir, a formulação da pergunta, onde os nomes Cassol e Rover aparecem vinculados. “É claro que isso teve enorme impacto no resultado, coisa natural por se tratar de um líder da envergadura de Ivo. É lógico que o resultado seria outro, caso Rover fosse lançado isoladamente”, pondera.
Mesmo assim, falando como cientista político, Haverroth diz que o desempenho do prefeito vilhenense na sondagem foi muito positivo, apontando uma tendência. “Se Rover trabalhar bem este potencial político que demonstra, pode alçar vôos mais altos em breve”, diz. No detalhamento da pesquisa, porém, uma surpresa: na cidade que administra Zé Rover ficou bem abaixo da média obtida nos doze colégios eleitorais onde foram feitas as entrevistas. Se no geral ele conseguiu 26,7%, o índice cai em Vilhena para 21,8%.
Em Rolim de Moura, Corumbiara e Cerejeiras ele passou de 30%, demonstração clara da influência de Ivo Cassol. Mas em Jaru e Ji-Paraná, com 34% e 26%, pode-se dizer que o peso do líder valeu menos. “Rover faz um trabalho vistoso em Vilhena, com muitos investimentos em infraestrutura. A cidade é um pólo de atração para os rondonienses, e se há gente querendo vir para cá é porque as coisas aqui vão bem, e isso acaba tendo impacto positivo na imagem do prefeito”, destacou.
Texto: Mario Quevedo
Foto: Extra de Rondônia