No próximo ano estaremos, digo, o nosso município estará se preparando para mais uma eleição, onde os eleitores vão escolher os futuros detentores do poder Vilhenense. É claro que o eleitor tem o dever de analisar quem fez e o que está fazendo. Será sem dúvida, marcada por uma série de investidas de candidatos a candidatos para que, em outubro, seus nomes possam ser sufragados nas urnas.
Até aqui, tudo bem. Nada demais. Contudo, se nos detivermos na análise mais aprofundada do fato, haveremos de convir que, principalmente em Vilhena, é chegada a hora – talvez até passada – de deixarmos de “brincar de fazer política.”.
Neste nosso comentário, não vai nada de pessoal. Não estamos assacando contra essa ou aquela pessoa. Levantamos apenas a problemática de uma forma genérica, citando fatos e não pessoas. Essas são inatacáveis nos seus espaços vitais.
Infelizmente, não teremos a oportunidade de mudarmos todo o quadro político do país em todos os níveis, entretanto, podemos começar pelos que se apresentarão no próximo ano, para depois, então, irmos ao encontro dos outros.
Não há contra-argumentações. Já de longa data o sofrido povo brasileiro é a única vítima de inscrupulosidades as mais diversas. Inoperância, incapacidade, malversações, irresponsabilidades e outros senões que pululam no município, no estado e no país. A imagem de alguns políticos e pseudos salvadores da Pátria haverão de voltar a aparecer na mídia mostrando o seu lado bom. Mas quando chega à hora mesmo sabendo que não terão seus nomes escolhidos pela maioria da população, vão virar casaca e procurar um dos eleitos para continuarem, com suas boquinhas à espera da próxima eleição. Isto é o que digo “Brincar de fazer política”.
Só vai acontecer aos eleitores que, levados pelo “canto da sereia”, trocar seus votos como – há muito tempo vem acontecendo – por um par de óculos barato, por uma dentadura folgada, por meio metro de areia, por uns tijolos velhos ou por pedaços de tábuas para remendar seus barracos.
Acredito que o eleitorado deve antes, e, acima de tudo, extrair excelentes lições das eleições passadas, desde que Vilhena se tornou município, quando não souberam fazer uso do seu voto para o sufrágio certo. Diz um velho ditado: “cada povo tem o representante que merece” está cada vez mais demonstrado ser correto.
BASTA. É hora do BASTA. É hora de escolher aqueles que realmente trabalham em benefício do povo e legisla para o povo. Sei que vão dizer que temos poucos, mas os poucos que temos somando com alguns que poderão chegar haveremos de conseguir uma melhor condição para o nosso município. Chega de malversar o Erário Público. Chega de guindar aos cargos eletivos pessoas sem as menores condições, só porque são bonzinhos, porque dão tapinhas nas costas, porque circulam nas feiras-livres sorridentes, porque dão migalhas ao povo sedento de fome. Chega de comprometimentos públicos.
É hora da VERDADE. Da verdade que até agride. Mas é hora da VERDADE. Do qualificativo próprio dos fortes de caráter. Da verdade que sufoca as “transas-malsãs”. Muitos pseudos políticos ou políticos que se escondem e que estão ávidos de voltar ao poder estão desenterrando covas procurando provas para incriminarem outros, esquecendo que o seu passado foi nebuloso, marcado e que jamais será esquecido pelos órgãos responsáveis pelo bem estar do município, mas chegará o dia, felizmente, onde só os capazes terão espaços. Onde só os corretos prevalecerão. Onde só as atitudes dignas sobressairão. Parodiando Augusto dos Anjos: “A rua dos destinos desgraçados faz medo. Ali brada o estruge e a danação carnal”.
Vilhena tem todas as potencialidades para ser a melhor cidade de Rondônia. Nada obsta para que sejamos o município mais progressista. Resta apenas que onde aqueles que assumirão o Poder Executivo e Legislativo municipal – vejam com olhos de quem quer ajudar no seu desenvolvimento.
Vamos tentar chegar a um lugar comum. Não adianta lançarmos candidatos sem credenciais ou sem escrúpulos. A sorte está lançada. Ao povo desesperançado resta aguardar o pleito eleitoral do próximo ano e aguardar os candidatos que se apresentarão sem demagogia politicalha ou, ainda, ataques estéreis que nada soma, ou melhor, somam apenas nas cabeças dos aproveitadores do sofrido povo.
Ivanir Aguiar é jornalista e membro da Academia Vilhenense de Letras