Advogado Reginaldo de Jesus entregou defesa a membros da CPI na Câmara
Advogado Reginaldo de Jesus entregou defesa a membros da CPI na Câmara

As ponderações apresentadas pelo advogado Reginaldo Ribeiro de Jesus, que defende o prefeito de Vilhena, José Luiz Rover, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), formada na Câmara Municipal, foram sumariamente contestadas pelo delegado da Polícia Federal (PF) que investiga as irregularidades apontadas no desenrolar das investigações da Operação “Stigma”.

O delegado recebeu a equipe de reportagem do Extra de Rondônia e falou sobre a situação. De acordo com ele, a ideia que a defesa está passando é de que o prefeito está isento das práticas ilícitas pelo simples fato de ter devolvido o valor desviado do convênio usado para a construção do hospital, através do convênio nº 198/2009, referente à 2ª etapa da construção do Hospital Infantil e Maternidade.

“O dinheiro vem para determinado convênio e, se for usado para outra finalidade, isso já é desvio, é crime. A questão de tirar o dinheiro para pagar alguma coisa e mesmo devolvendo, já caracteriza crime”, explicou o delegado.

Não houve, de acordo com o delegado, comprovações por parte do poder executivo da legitimidade do uso do dinheiro desse convênio. “Se ele realmente usou para pagar os funcionários e devolveu, de onde saiu o dinheiro da devolução? Em algum lugar ficou o furo. Eu apresentei a prova dos desvios, agora, é ele que precisa me comprovar que não aconteceu”, completou.

Reginaldo de Jesus, que trabalha na defesa de Rover, alegou, em entrevista ao Extra de Rondônia que, apesar do dinheiro ter sido usado na folha de pagamento dos servidores, que segundo ele “seria justificável”, uma semana depois foi devolvido na conta do convênio. “Tudo foi feito de maneira transparente, tanto que o dinheiro foi devolvido”, alegou o advogado.

Reginaldo, ainda, explica que as contas do prefeito foram aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), o que, segundo ele, já provaria sua inocência.

Mas não foi o que apurou a PF. Segundo as investigações, em todas as contas do prefeito apresentadas ao TCE haviam informações inverídicas transcritos em documentos oficiais, ou seja, ficou caracterizado mais um crime de falsidade.

Quando questionados a respeito da situação, as justificativas apresentadas não convenceram o delegado. “Eles falaram que a prestação de conta do convênio havia sido transferida inadvertidamente por um funcionário inexperiente. Só que detalhe: eles tiveram este mesmo argumento em todas as prestações. Mesmo com a suposta aprovação do Tribunal de Contas não retira o caráter ilícito praticado pelo prefeito”, finalizou o delegado.

 

Texto: Extra de Rondônia

Foto: Divulgação

 

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