escola de cerejeiras.1jpgSe o Brasil é uma Pátria Educadora, ou está tentando chegar a esse formato, o município de Cerejeiras vem caminhando sem sentido contrário a este propósito. Um exemplo claro disso é o caso da escola municipal Regina Sperfeld Sebold. A instituição de ensino oferece condições insalubres aos profissionais lotados na instituição, além de risco à vida daqueles que serão o futuro da nação, e irão dar continuidade ao desenvolvimento do município.

Segundo denúncia do Ministério Público do Estado de Rondônia (MP-RO) da comarca local, o estabelecimento, à época em que o fato foi denunciado, sequer possuía cadeiras e mesas para todos os estudantes, pois algumas estavam danificadas e sem condições de uso. Na biblioteca, os livros estavam amontoados em locais inapropriados, o que dificulta o acesso, bem como aumenta consideravelmente o risco de perderem-se com o tempo.

O forro continha morcegos e pombos, o parque da escola estava sem areia, o que dificulta sua utilização, não havia iluminação suficiente na quadra de esportes, e os alunos tinham que disputar espaço com os pombos que habitavam o local. As aves tinham plena certeza de estarem em casa e, segundo denúncia, faziam demasiada sujeira.

O pátio da quadra estava tomado pelo mato, e as rachaduras nas paredes e teto completavam o cenário desolador, nada minimamente parecido com o que se tem em mente do que deveria ser uma instituição de ensino. A denúncia chegou ao conhecimento do MP em agosto de 2013, e tão logo o órgão pediu providências da prefeitura através do Poder Judiciário, que prontamente exigiu as postura adequada do município em relação ao caso.

Seis meses depois, em fevereiro de 2014, o oficial de diligências do MP retornou à sede da escola e percebeu que nada do que havia sido acordado pela prefeitura havia sido feito. O Judiciário deu novo prazo ao município para a reforma da instituição de ensino, e na última vistoria, a qual aconteceu em julho deste ano, a obra ainda não havia sido concluída. O lado bom é que pelo menos havia operários trabalhando no local.

O problema é que as obras continuavam atrasadas. Segundo relatório da Procuradoria do Município, a reforma da escola deveria ter finalizado no dia 19 de maio deste ano, fato que não aconteceu. O Juiz que analisou o caso determinou que a prefeitura de Cerejeiras finalize a obra em, no máximo 60 dias, sob pena de sequestro de verbas para tal finalidade sem prejuízo da aplicação das demais sanções cabíveis ao caso.

A história da escola municipal Regina Sperfeld Sebold dá uma ideia para um slogan adequado à situação do município em que está instalada: Cerejeiras, cidade da educação desoladora. Ou melhor: vamos criar nossas crianças com esperta; um olho no quadro e outro no telhado, para que o teto não caia sobre sua cabeça.

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Autor e foto: Extra de Rondônia

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