O advogado Reginaldo Ribeiro de Jesus, que defendeu o prefeito Zé Rover (PP) na CPI formada na Câmara de Vilhena, e que acabou rejeitada por maioria dos vereadores, fez um discurso de mais de 1 hora para salvar o mandato do seu cliente.
Ele sustentou que não ocorreu crime administrativo na construção da Maternidade Infantil, e nem desvio de finalidade. Afirmou que a CPI é mais política do que técnica. “Há mais de 90 dias vemos uma brincadeira chamada CPI”, ironizou.
Na tribuna da Casa de Leis, Dr Jesus, como é conhecido, ficou emocionado por vários momentos ao descrever sua história de vida. Argumentou que uma CPI era desnecessária e que só dá desgaste à sociedade.
Ao fazer a análise técnica garantiu: “A parte jurídica é intocável. Legalmente, neste processo que está nas minhas mãos, não se pode falar em cassação. É constatação fática. O prefeito não cometeu nenhum crime administrativo”, ponderou.
Disse que o prefeito peca no aspecto político por estar mal assessorado e sugeriu separar as brigas políticas devido ao momento delicado que o município atravessa. “Quantos que estão na Câmara não vieram para ver uma baixaria, um pega-pega. Aqui não estamos julgando pessoas e sim questões técnicas. O que estamos vendo é uma briga política. Digo e sustento: tecnicamente o parecer que defende o prefeito é inatacável. Há pareceres e votos do STF que defendem esta questão”, frisou.
Para inocentar o prefeito votaram os vereadores Vanderlei Graebin (SDD), Célio batista (PP), Jairo Peixoto (PP), José Garcia (DEM), Marcos Cabeludo (SDD) e Carmozino Alves (SDD).
Pela cassação do mandato votaram os vereadores Junior Donadon (sem partido), Valdete Savaris (PPS), Maria José da Farmácia (PDT) e Marta Moreira (PSC).
Texto: Extra de Rondônia
Foto: Extra de Rondônia