JUNIOR-EXTRA-11Na coletiva realizada há poucos dias, o presidente do Poder Legislativo municipal, Junior Donadon, comentou o desempenho da administração Rover no comando do Município em tom de crítica: “a crise financeira da prefeitura não é aceitável”. A argumentação é sustentada com uso de demonstrativos disponibilizados pela própria gestão, assim como na dimensão do orçamento do Município. Em sua análise o prefeito Rover poderia ter sido mais “presente”. O presidente também defendeu a conduta do Parlamento quanto as denúncias que massacraram a atual administração, lembrando que há muitos meses vem dizendo na tribuna da Casa de Leis que havia “um ralo” por onde escoava dinheiro público.

Donadon destacou que o Rover teve este ano orçamento de R$ 288 milhões para tocar a administração, e o desempenho apresentado é sofrível. “Há problemas em setores elementares, como Educação, Saúde, Segurança, Ação Social, Esporte… Na verdade em todas as áreas sob responsabilidade do setor público local”, afirmou. Em seguida, Junior citou várias situações de casos específicos de cada uma dessas áreas. “A situação atual não se justifica frente ao dinheiro disponibilizado e não bate com as prestações de contas. No papel, a administração local lança investimentos muito superiores ao determinado pela Constituição, como na Saúde e Educação, mas o retorno que proporciona não corresponde”.

Outra crítica dura do vereador foi específica ao ex-secretário municipal de Educação, José Carlos Arrigo. “Deixar a pasta neste momento, sem ao menos encerrar o ano letivo, para mim é um ato de covardia”. Sobre esta área da administração, Junior Donadon disse ter informações “que talvez nem mesmo vocês da imprensa tenham conhecimento” da existência de problemas “muito graves”. Ilustrando os dizeres ele citou a questão do transporte escolar, onde “há indícios de irregularidades”. Por outro lado louvou o comportamento do atual secretário de Saúde, Adilson Bernardino, que vem “sempre franco e transparente a respeito da situação crítica do setor”.

Em separado ao Extra de Rondônia, o presidente da Câmara analisou a crise do Município sob outro viés. “Com o caso ocorrido com a empresa Tend Tudo, que fazia manutenção de viaturas da frota municipal, as outras empresas da cidade estão receosas de firmar contrato ou estabelecer relação comercial com a prefeitura. Isso ocorre também com outros fornecedores, caso de medicamentos, por exemplo. A administração perdeu credibilidade perante o empresariado local, e ainda há mais um ano de mandato à frente. Temo que possa haver desabastecimento de produtos básicos para o andamento da máquina pública”, ressaltou.

CÂMARA FISCALIZOU: As investigações de supostos atos ilícitos que vem sendo conduzidas pela Polícia Federal e Ministério Público Federal em várias frentes da administração Rover não são o retrato da omissão da Câmara de Vereadores perante a situação. “Dentro de suas atribuições, o Poder Legislativo atuou e acompanhou várias destes casos que vem sendo motivo de ação das autoridades federais. Foi instaurada e executada na plenitude CPI para apurar a denúncia formal apresentada à Casa, com o procedimento tramitando rigorosamente alinhado ao Regimento Interno e as normas legais”. Além disso, muitas situações foram assunto de requerimentos, vários de minha autoria, sendo que os aprovados pelo Plenário tiveram realização plena, pontuou.

Finalizando, Donadon declarou que “o Legislativo não dispõe de instrumentos como o poder de grampear ligações telefônicas ou quebrar sigilo bancário, fatores que proporcionaram a Polícia Federal embasar o processo de desvio de finalidade no uso de verbas públicas, justamente o mesmo que foi analisado pela CPI. Destaco também que nossa Assessoria Jurídica promoveu ações oficiais juntos aos organismos federais responsáveis pela condução dos procedimentos, colocando-se à disposição para contribuir com o trabalho e mantendo o Legislativo informado do andamento das investigações”.

Fonte: Extra de Rondônia

Foto: Extra de Rondônia

 

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