Os aprovados no último concurso público para Agentes Penitenciários do Estado de Rondônia estão furiosos com o governador Confúcio Moura (PMDB), bem como o atual secretário de justiça, Marcos Rocha.
Há cinco anos os aprovados vêm tentando contratação e são enrolados pela dupla que manda no poder executivo estadual.
Mais de 300 aprovados aguardam contratação enquanto os Agentes Penitenciários que já estão no trabalho, vivem momentos delicados a cada troca de turno.
O efetivo é tão fraco que as unidades penais do estado de Rondônia trabalham abaixo do efetivo mínimo necessário para dar conta da comunidade carcerária do estado.
Para tentar amenizar o problema, o governador mandou o secretário anunciar que serão contratados 158 agentes que irão ocupar postos de trabalho nos municípios de Porto Velho, Ji-Paraná e Vilhena. O problema é que mesmo contratando os novos agentes, o efetivo permanecerá abaixo do necessário, e o que é pior: o restante que aguarda contratação continuará a espera da boa vontade do governo para entrar no serviço público.
Conforme o Extra de Rondônia apurou, o caos no sistema penitenciário de Rondônia é iminente e pode trazer problemas drásticos à população. É mais fácil encontrar animais em extinção na flora brasileira, do que agentes penitenciários no Centro de Ressocialização Cone sul, em Vilhena, por exemplo. O efetivo é tão baixo que o diretor do local vai constantemente a Porto Velho “mendigar” vagas à espera de um milagre que é conseguir suprir a falta de profissionais.
Pelo menos 21 homens estão aprovados, terminaram academia e estão preparados para começar a trabalhar no maior município do Cone Sul. Falta apenas o governo contratar. Eles já recorreram a todo tipo de ajuda (política, judiciária, etc) para tentar contratação e o governo alega que está sem dinheiro pra efetivar os contratos.
Cansados de tamanha inércia o grupo (de mais de 300 aprovados em Rondônia) está preparando uma manifestação prevista para essa semana na capital. A intenção é pressionar o governo para que todos sejam contratados agora, pois a promessa é de que o grupo seja inserido nos quadros da SEJUS até janeiro de 2017 (sete anos depois da prova).
MAIS DÉFICIT
O problema relacionado à falta de agentes penitenciários se agrava a cada resultado novo de concurso divulgado. Segundo fontes da SEJUS, muitos agentes abandonaram suas carreiras para iniciar outras seja na Polícia Militar (PM), Polícia Civil (PC) ou em qualquer outra instituição pública que ofereça melhores condições de trabalho.
Texto: Extra de Rondônia
Foto: Ilustrativa