Vilhena está sujeita a reviver o retrocesso político, econômico e administrativo com graves conseqüências para toda a sua gente.
O abandono pelos “empreendedores” com as coisas da cidade considerando ser eles detentores de no mínimo do conhecimento mediano e raciocínio lógico, sabedores das mazelas promovidas no passado recente, e ainda, sem coragem de enfrentar as manobras populescas de sempre, causa estranheza e lamento.
Prestes a voltar com forte recheio de demagogia escondida na fé e amor ao próximo, serão os “empreendedores” os verdadeiros responsáveis em permitir que município tenha uma governança a partir de 2017, com seus mais de R$ 100 milhões de reais por ano de arrecadação, fique sob os cuidados de politiqueiros profissionais de toda hora, e pior, maus intencionados de sempre.
A ganância financeira dos “empreendedores” causa cegueira para promover quaisquer defesa da cidadania, quaisquer ato de solidariedade e compromisso com a coisa pública, sendo esta, pertencente a todos nós.
A atividade político partidária, único caminho, infelizmente, para chegar na administração pública, afasta as pessoas de bem e os fieis aos princípios de ética, moralidade e honestidade, e assim, permite que raposas tomem conta do que é nosso, passando a se servir da coisa pública. Já sabemos o resultado e o estrago, mais processos, mais prisões. Adeus dinheiro para saúde, educação, estradas, segurança, fomento de emprego, etc. Tudo pode piorar.
O povo, pobre gente sofrida, milhares de desempregados, doentes socialmente, escravos do analfabetismo político, sem acesso a consciência e a capacidade de escolher novos rumos, presos nesse mundo capitalista onde a sociedade é um sórdido campo de batalha e praticamente ninguém cede as suas pretensões, vai escolhendo pela emoção, nunca pela razão, jamais pelo princípio de ética, moralidade e passado limpo, pois destes princípios, não sabem sequer seu significado.
Enganados sempre, este mesmo povo apaixona-se quando deveria pensar, silencia quando deveria gritar. Sem instrução, longe de atingir o grau de inteligência e consciência que permita escolher quais são os que estão em condições de bem servir ao povo na atividade pública, estão abandonados, desorientados. Sobre esses objetivos e princípios, há um silêncio sepulcral dos mestres nos bancos escolares, injustificável. Parece estarmos a viver, ainda, nos tempos da ditadura.
O mal que pode se abater sobre a administração pública, não vai atingir somente sobre os desprotegidos, ignorantes, analfabetos e abandonados, vai muito mais além, vai atingir a todos, em maior grau os “empreendedores” visto estes, com milhões de reais em patrimônio, correm o risco de desvalorização ano a ano. Sendo eles, considerados a mola mestre do desenvolvimento do município, à ausência no processo eleitoral, considerado pernicioso aos bons costumes e destruidor do homem de bem, vai lhe custar prejuízos dez vezes mais do que ao próprio analfabeto.
Resta decidir, mesmo que não sendo pelo melhor, visto que, é o modelo eleitoral que escolhe para o povo escolher, pois indicam candidato como aquele que reúne, ao modo deles, melhor soma de qualidades necessárias ao bom governante, contudo, na maioria, são abutres. Luto por candidaturas independentes, longe de partidos políticos.
Sem forças e sem poder para mudar as regras, fico a esperar pelo novo, que luto para chegar. Não comungo com o retrocesso, não vou contribuir para Vilhena retroceder. É preciso avançar com o novo e prefiro apostar no futuro, naquele que sendo justo, correto, interessado em servir, com sinais de ética e honestidade, e por surpresa, for pego na revelação que das qualidades anunciadas de nada tem, vamos a luta para apear do Poder, contudo, jamais, nunca haverei de decidir e escolher o que já sei e todos sabem, verdadeiros sanguessugas e ladrões do dinheiro de todos nós.
Caetano Neto – advogado e presidente da Associação de Defesa dos Direitos da Cidadania (ADDC)
Texto: Caetano Neto
Foto: Extra de Rondônia