O empresário Claudinei Marcon protocolou no Ministério Público Federal mais uma denúncia contra a administração municipal de Corumbiara.
Desta vez, trata-se da obra de construção do parque de exposições da cidade, que de acordo com o denunciante possui diversos problemas.
Além disso, Marcon afirma que o trabalho que deveria ter sido feito exclusivamente por construtora contratada contou com participação de maquinaria da prefeitura.
Entre os itens elencados na denúncia estão a inadequação das fossas, uso de madeira imprópria para construção de curral, erosão e problemas na estrutura das arquibancadas e outras situações.
No caso das acomodações ao público, Claudinei aponta o risco de acidentes, posto que foram colocadas tábuas entre as vigas de concreto da estrutura. “A madeira vai acabar apodrecendo com o tempo, e o risco de desabamento é previsível”, argumenta o denunciante em visita a redação do Extra de Rondônia.
Há também falhas nas ferragens utilizadas nas porteiras, que seriam de baixa qualidade. Em alguns pontos da obra foram usados tijolos com defeitos, e a pintura do local também é questionável. “Muitas falhas sugerem que economizaram material sem se preocupar com a qualidade do serviço”, destaca. Além desta questões a denúncia aponta também para a ocorrência de corrupção e pagamento de propina, diz o empresário.
Segundo Marcon, um grande volume de terra foi retirado do local para a realização do empreendimento, mas apesar da empresa Construtora João de Barro ter recebido pelo serviço o trabalho foi feito com maquinaria e servidores da prefeitura, que teriam recebido dinheiro “por fora”.
A terra retirada foi vendida a terceiros, tendo sido inclusive oferecida ao denunciante. Ele destaca que a situação é de conhecimento público em Corumbiara, inclusive por parte de vereadores locais.
Em suas declarações, Claudinei também coloca em xeque a credibilidade da fiscalização de empreendimentos públicos em Corumbiara, dando como exemplo outros casos, com a construção de unidades de saúde nas áreas urbana e rural cuja necessidade questiona, além do valor gasto para as obras.
Finalizando o depoimento, Marcon também sugere que pode haver irregularidades na condução de processos na Comissão Permanente de Licitações do Município.
Fonte: Extra de Rondônia
Fotos: Extra de Rondônia
