Foi realizada em 2014 uma contratação emergencial entre prefeitura municipal e a empresa Elotech informática.
Ocorre que apesar de “emergencial” a licitação anterior com a própria Elotech recebeu nove aditivos e, ainda, foi verificado que a causa dessa “emergência” que permitiu a contratação direta por 180 dias, ou seja, sem direito de concorrência aberta permitida a outra empresa, foi o fato de ter-se tentado uma licitação por pregão, cancelada porque a própria Elotech não aceitou o valor tido de mercado proposto.
Diante disso, como a Elotech não aceitou receber o valor de mercado e por isso foi cancelada licitação anterior, o Prefeito Jose Rover e o na época Secretário Severino Junior autorizam conjuntamente abertura de tal contrato emergencial do processo 4496/2016, com contratação direta da mesma Elotech, onde se encontrou fortes indícios da chamada “emergência fabricada”, quando a fraude que se dá naqueles casos onde o gestor público, intencionalmente, deixa uma situação previsível ser tachada de “urgente” para vezes para beneficiar uma empresa determinada.
Ainda assim, ao pagar os cerca de R$ 349 mil por seis meses de serviços a Elotech, não teria realizado a Prefeitura sequer uma cotação de preços de mercado, já contratando diretamente e sem pesquisa de preço a empresa citada.
Somando-se aos 160 mil reais também realizados com a Elotech através de “reconhecimento de dívidas”, fato este já apurado criminalmente pela Polícia Civil (PC) na operação tríade, no primeiro semestre deste ano, constatou-se, até agora, que com essa nova investigação a Prefeitura repassou à Elotech informática o total de 509 mil reais sem procedimento licitatório.
O processo 4496/2014 da Prefeitura, que trata dessa contratação emergencial, que foi assinado pelo Prefeito José Luiz Rover e pelo então Secretário de Fazenda, Severino Miguel da Barros Junior já se encontra apreendido e os delegados que presidem a investigação devem encaminhá-lo nos próximos dias para análise do Tribunal de Contas do Estado, juntamente com cópias das apurações criminais, a fim de que sejam responsabilizados junto ao tribunal se uma vez que se confirmados os fortes indícios de irregularidades.
A Elotech é apontada na operação tríade como responsável por ter repassado cerca de R$ 205 mil em propinas para servidores do alto escalão da Prefeitura de Vilhena.
Fonte: Extra de Rondônia
Foto: Arquivo/Extra