A grande renovação da câmara de vereadores do município de Vilhena acendeu uma chama de esperança na população que claramente mostrou nas urnas sua insatisfação com o formato político adotado no Poder Legislativo.
Também as ações da Polícia Federal (PF) colocaram em cena novos vereadores que irão assumir suas cadeiras a partir do ano que vem.
Já os atualmente suplentes tiveram a oportunidade de mostrar a que vieram no restante de mandato que sobrou da atual legislatura.
O posicionamento de alguns, entretanto, mostra que as esperadas mudanças podem não vir por hora.
Os parlamentares tiveram a missão de aprovar o orçamento para 2016, e comentava-se nos corredores da casa de leis vilhenense que a prefeita Rosani Donadon (PMDB) teria 23% do orçamento liberado para empregar sem que houvesse consulta à câmara de vereadores, um percentual administrável no executivo. O percentual foi reduzido para 3%. A aprovação aconteceu na sessão ordinária desta quarta-feira, 16.
O que é mais estranho neste caso é que a prefeita eleita contava com apoio da maioria dos vereadores em cena, incluindo Valdete Savaris (PPS), Maria José da Farmácia (PDT), Vera da Farmácia (PMDB) e até mesmo Ernando Lucena (PTB), aliados da campanha eleitoral, sendo este último seu primo.
Em 2013, durante a presidência de Vanderlei Grabein (PSC) e no auge do mandato do prefeito Zé Rover (PP), afastado da administração devido à sua prisão, o Poder Legislativo chegou a dar 100% de autonomia ao executivo, ou seja: todo o orçamento era direcionado da forma que o prefeito achava melhor.
Pessoas ligadas à nova prefeita do município comentam que a redução deste percentual foi uma espécie de “aviso” à família Donadon. O motivo: Rosani teria recusado indicações dos edis para nomeação de pessoas em sua gestão.
Texto: Extra de Rondônia
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