José Trindade Lobato, engenheiro florestal da SEDAM
José Trindade Lobato, engenheiro florestal da SEDAM

O desmatamento ilegal tem sido combatido em Vilhena pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (SEDAM), entre as ações empregadas está a fiscalização intensiva.

Em entrevista ao Extra de Rondônia, o engenheiro florestal da SEDAM José Trindade Lobato, falou do desmatamento no estado e no município que – segundo ele – está praticamente paralisado.

O motivo desse não avanço seria as ações intensas do órgão que implica em fiscalizar, fazer vistoria, e no caso de irregularidades o produtor rural pode ser penalizado com multas calculadas a partir de R$ 300,00 por hectare atingido. “Recebemos cerca de 50 denúncias por mês, sendo de grande maioria vindas do Ministério Publico (MP). Além do MP também recebemos denuncias através de ligações, são casos em que o produtor desrespeitou a área de reserva impedindo a regeneração, dentre outros”, apontou Lobato.

O engenheiro florestal explicou que as atividades de desmatamento ilegal sofreram uma diminuição. “Não tenho dados oficiais, porém atuo a mais de 20 anos na SEDAM em Vilhena, e acompanho o cenário. A estimativa é que a redução tenha sido de 30% a 40%”, destacou o profissional.

Sobre a legislação, Lobato, apontou que o percentual da propriedade que deve ser registrado como Reserva Legal no estado é de 80%, sendo previsto em lei o uso de 20% da área para desenvolvimento. “O que vemos atualmente são as intervenções permitidas por lei, e mesmo assim alguns produtores rurais desistem de solicitar a autorização devido às exigências da legislação que busca dificultar e diminuir a intervenção no meio ambiente”, afirmou.

Para denuncia, o órgão, localizado em frente ao Hospital Regional, disponibiliza o telefone (069) 3321-1144.

NA AMAZÔNIA LEGAL

Dados do SAD Levantamento do Sistema de Alerta do Desmatamento (SAD), do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), detectou que em outubro de 2016, foram 202 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal.

Isso representou uma redução de 12% em relação a outubro de 2015 quando o desmatamento somou 230 quilômetros quadrados. Em outubro de 2016, o desmatamento ocorreu no Mato Grosso (41%), Rondônia (28%), Amazonas (13%), Pará (12%), Acre (4%), Roraima (1%) e Tocantins (1%).

As florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 297 quilômetros quadrados em outubro de 2016. Em relação a outubro de 2015 houve redução de 71%, quando a degradação florestal somou 1.009 quilômetros quadrados. A degradação ocorreu no Mato Grosso (91%), Acre (8%) e Rondônia (1%).

 

Texto: Extra de Rondônia

Foto: Extra de Rondônia

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