O cirurgião-dentista Marco Aurélio Vasques, que vai assumir a Secretaria Municipal de Saúde da administração de Rosani Donadon, esteve no Extra de Rondônia na tarde desta quinta-feira, 15, para falar de suas metas de trabalho.
Sem anunciar ações de impacto e admitindo que vai assumir um sistema em grave crise, ele declarou que é possível se reorganizar as coisas, “porém é necessário persistência, tempo e correções profundas”. Ele prevê que será preciso de pelo menos um ano e meio para se chegar a um padrão de excelência ideal, “pois não é possível e nem coerente querer fazer tudo de uma só vez”.
Prioridades serão definidas a partir de planejamento que já está sendo elaborado, com previsão de conclusão para o final de janeiro. “A partir daí faremos o redesenho do sistema de saúde vilhenense, estabelecendo metas e projetos para colocar as coisas em ordem. Vamos trabalhar pela ordem correta, fazendo funcionar primeiro o ‘feijão com arroz’, e a partir daí ampliando o leque de ações”.
O novo secretário vem de uma experiência bastante elogiada em Cacoal, onde implantou o sistema de saúde que é considerado o melhor do Estado. Ele dispõe de ótimas relações com o governador Confúcio Moura e com os dirigentes da Secretaria de Estado da Saúde, da qual já fez parte, o que pode se traduzir numa boa perspectiva de apoio governamental para Vilhena.
Vasquez trará consigo um pequeno grupo de trabalho que irá lhe dar suporte, composto por um secretário-adjunto, uma auxiliar de gabinete e um chefe de almoxarifado. “Os demais integrantes de comando da secretaria serão escolhidos entre os quadros locais”, explicou. Nas primeiras semanas de trabalho ele pretende administrar pessoalmente o Hospital Regional, e depois de conhecer mais profundamente o sistema e os recursos humanos disponíveis irá definir os nomes para a direção da unidade.
Entre os problemas que deve enfrentar de pronto à frente da SEMUS está a quitação da folha de pagamento referente ao mês de dezembro, a qual já tem consciência que não será paga pela atual administração, bem como o atraso de pelo menos quatro meses de repasse da contribuição previdenciária da pasta ao IPMV. Deve sobrar também dívidas com fornecedores, e há contratos referentes a serviços permanentes que encerram um dia antes de sua posse.
Vasquez declarou que a situação do sistema vilhenense é “crítica, porém não impossível de solução, e tenho carta branca da prefeita Rosani para promover as ações necessárias a fim de colocar as coisas nos trilhos”.
Fonte: Extra de Rondônia
Foto: Extra de Rondônia