Em entrevista ao programa “Vale Tudo”, na Rádio Planalto, nesta sexta-feira, 20,  o secretário municipal de saúde de Vilhena, Marco Aurélio Vasquez, respondeu aos questionamentos da sociedade e do entrevistador a cerca das ações da pasta.

No inicio da entrevista, Vasquez disse que achou a palavra certa para definir a situação que encontrou a saúde do município: “desorganização”.  Explicou que, juntamente com sua equipe, tem tomado medidas enérgicas no sentido de corrigir os desmandos praticados.

“Pra vocês terem ideia da situação, o município não tem a media anual, nem muito menos mensal do consumo de medicamentos e outros insumos. Tive que fazer um levantamento comparativo com a saúde de Cacoal para enviar ao Tribunal de Contas do Estado para que fosse aberto processo de compra emergencial”, contou o secretario.

Marco Aurélio disse, ainda, que não pretende culpar o último gestor da pasta e entende que ele ficou cerca de um ano e meio apenas no cargo  “tapando buraco”, fazendo o possível, mas entende que alguém tem que ser responsabilizado pelo que está havendo.

Perguntado se o dinheiro é suficiente para fazer boa gestão, o secretário usou um trocadilho: “Há duas maneiras de fazer boa administração em saúde: a primeira é com muito dinheiro e pouca gestão; a segunda é com muita gestão e pouco dinheiro. Nós temos que trabalhar com a segunda opção e vamos conseguir”, disse Vasquez.

Para o secretário esse momento é de enumerar metas a curtíssimo, médio e longo prazo. Neste primeiro momento sua preocupação maior é o pagamento da folha salarial de janeiro dentro do próprio mês devolvendo dignidade ao servidor. “Essa é a determinação da nossa prefeita Rosani Donadon”, pontua.

Num segundo instante ele pretende, em até 180 dias, normalizar os processos licitatórios para compra de combustíveis, gerenciamento de frota e manutenção, além da aquisição de medicamentos.

Outra meta para os próximos seis meses é a inauguração da unidade de pronto atendimento (UPA), a UBS do setor 12, além da implantação de um sistema de almoxarifado com controle de entrada e saída.

Outro ponto discutido foi com relação aos fornecedores que ficaram sem receber da gestão passada. Marco disse que tem conversado com cada um deles e propondo aditivo de contrato para quem tem documento que prove que forneceu ao município. Já aquele que não tem como comprovar, o secretario disse que tem orientado para que recorram à justiça e se for dado ganho de causa o município vai pagar.

“O fornecedor é quem movimenta a área da saúde e não pode sair no prejuízo. Prestou o serviço? Vendeu? Tem que receber e nós vamos dar apoio para isso”, ressaltou Marco.

Marco Aurélio Vasquez fez questão de deixar claro que neste primeiro semestre pretende abrir processo seletivo para a contratação de 53 novos médicos para o quadro do município. Relata apenas no último mês saíram dos cofres municipais R$ 600 mil a título de gratificações e extras aos profissionais, e essa veia tem que ser estancada. Os médicos que têm contrato emergencial também terão que participar deste processo.

Finalizando, o secretario anunciou que um equipamento de raio-x digital será adquirido, em breve, através de uma emenda de R$ 500 mil que a prefeita Rosani conseguiu em Brasília. Esse raio-x deverá atender o pronto socorro do HRV. Além disso, a informatização do sistema de atendimento do hospital deverá estar concluída também nos próximos 180 dias. “Pedimos, mais uma vez, paciência à população. A saúde é importante para todos nós e estamos trabalhando para melhorar a qualidade do setor em Vilhena”, encerrou.

 

Texto e fotos: Assessoria

sicoob

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