A partir desta semana o site passa a contar com a colaboração do contabilista Humberto Campos Lago, que escreverá artigos sobre temas relacionados a economia e empresas. Formado pela PUC de Porto Alegre (RS), Lago é pós-graduado pela FAE de Curitiba (PR), além de ter especialização no exterior em Administração de Empresas Multinacionais.

O consultor é fundador, sócio e diretor técnico da empresa Prosperus Consultoria Empresarial Ltda, sediada em Vilhena e atuando a duas décadas no mercado. Entre outras funções que já desempenhou estão a de Diretor Financeiro da New Holland Máquinas Agrícolas Ltda, e de Diretor Administrativo na Incepa Produtos Cerâmicos S/A.

Em sua primeira colaboração ao Extra de Rondônia, Humberto Campos Lago discorre sobre a crise econômica atual por uma ótica otimista, ressaltando que períodos de recessão também são propícios a oportunidades de avanços para as empresas, indicando meios para se obter isso.

Confira abaixo a íntegra do artigo:

 A CRISE CHEGOU: E AGORA?

“Em jornadas muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos entre patrícios, em perigos entre gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre falsos irmãos (II Cor 11.26).”

A crise chegou: no campo e na cidade, rápida e grave! Algumas empresas estão preparadas para conviver com ela; entretanto, a maioria expressiva está desorientada e perplexa. O que fazer? Como reagir a ela? Que prioridades adotar?

Toda a crise requer da diretoria visão e postura adequadas, seguidas de atitudes apropriadas, segundo as circunstâncias. Qualquer que seja sua atividade econômica, gostaria de propor-lhe alguns “remédios” objetivando minimizar seus efeitos maléficos e, adicionalmente, conceder-lhe um certo fôlego, para uma boa reestruturação interna:

1.-Plano Emergencial. Toda organização deve ter um plano emergencial para enfrentar os momentos de crise. Quanto maior ela for, mais drásticas e profundas, mais doloridas e imediatas deverão ser as providências corretivas. Lance novos produtos e/ou serviços, implemente uma estratégia alternativa para conquistar novos mercados, crie novos canais de distribuição e venda;

2.-Custos Fixos x Variáveis. No nosso país, ao contrário das nações desenvolvidas, ainda não existe uma preocupação, por parte dos administradores, em estabelecer um limite máximo para o tamanho da administração (ou seja, dos custos fixos em relação às receitas). Isto é gravíssimo, podendo ser mortal! Como conseqüência, muitas organizações mantém custos fixos exorbitantes e, por isso mesmo, irão requerer ajustes ainda mais profundos;

3.-Performance. A maioria dos problemas empresariais é provocada pela baixa performance funcional. Portanto, aproveite a oportunidade para sanar este problema;

4.-Decisões, Rapidez e Austeridade. Tome decisões acertadas e implemente-as com rapidez. Seja objetivo e criterioso no processo de ajustes, partindo sempre dos valores mais expressivos. Tudo o que não for essencial aos negócios deve ser descontinuado. Utilize também os remédios tradicionais (redução da jornada e dos salários, dos níveis hierárquicos e prestadores de serviço, dê férias coletivas, agrupe departamentos); e

5.-Reservas. Grandes corporações costumam manter uma reserva financeira para os momentos de turbulência, equivalente a 100% dos custos fixos anuais e um seguro contra lucros cessantes. Crédito bancário não é reserva, porque na hora da crise ele desaparece! A propósito, o nível de suas reservas financeiras livres cobre quantos meses de custo fixo?

Concluindo: Bem vinda a crise porque ela elimina do mercado os incapazes, dá oportunidade aos ousados e valoriza os competentes. Como diz o texto acima, os perigos fazem parte da jornada e, ainda que graves, sempre possibilitam melhorias operacionais, avanços mercadológicos e, por decorrência, a sustentabilidade dos negócios. Eu creio nisso!

Humberto C. Lago (Consultor Empresarial e Diretor da PROSPERUS Consultoria Empresarial Ltda).

Fonte: Extra de Rondônia

Foto: Extra de Rondônia

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