Parece estar longe do fim a polêmica sobre a distribuição de livros com suposto conteúdo de “Ideologia de Gênero” em Ariquemes.
Nesta quarta-feira, horas após o Ministério Público do Estado (MPE) ter anunciado em nota e em seu site que o prefeito Thiago Flores havia concordado com a liberação do material e que caberia aos diretores das escolas decidir por seu uso ou não, Thiago usou as redes sociais para negar tudo e ainda acusar o MPE de agir com açodamento. O prefeito disse que a Prefeitura só fará a entrega se a Justiça assim determinar.
Na tarde desta quarta-feira, o MP enviou nota informando sobre a suposta decisão do prefeito em mandar entregar os livros, motivada após encontro com dirigentes de escolas com a secretária de Educação, Cleuzeni Maria de Jesus, e as promotorias de Justiça de Educação e Defesa do Patrimônio Público. “O grupo reuniu-se com o prefeito Thiago Flores, que ressaltou, através da leitura de um documento, que nunca havia dado ordem formal de recolhimento do material didático e que essa ordem partiu da gestão anterior, bem como, que cada escola tinha liberdade de decidir sobre o planejamento pedagógico”.
Em Brasília, onde participou de vários encontros políticos, Thiago Flores negou tudo, atacou e fez questionamentos sobre a pressa do MP para resolver a questão e o uso das mídias. “Não há por ora nenhum comando dizendo para entregar os livros escolares. Não há. Não entendo os motivos dessa nota.
Não entendo a pressa do MP estadual, primeiro em, noticiar a ação que o juiz nem recebeu ainda, mas já tá pelo menos 10 dias em todos os sites, dizendo que foi ajuizada essa ação e que eu posso perder o cargo. Então tiveram pressa em divulgar a ação que ainda não foi recebida, e tiveram pressa na data de hoje ao anunciar que a Prefeitura de Ariquemes teria voltado atrás e distribuído os livros. O eu tenho por falar desses livros é que por ora não há nenhuma manifestação dessa Prefeitura no sentido de entregar esses livros, até porque eu demonstrei isso que seria temerário entregar esses livros diante da cultura de ódio que está sendo feito por minha atitude. Preservando inclusive o patrimônio público eu até prefiro não entregar para impedir que pais de alunos – já que prefeito não pode rasgar – os pais o fariam. Então até por conta disso…Estou indignado com essa nota a Prefeitura não deu nenhuma ordem. O que autorizamos é que o outro, diverso desse possa ser entregue quando os diretores assim o desejarem. Nós não vamos entregá-lo até uma decisão judicial, não é verdadeira a nota do MP estadual.
Os motivos que se emitiu-se essa nota não sei. Não sei os motivos que estão levando o órgão ministerial a ter esse açodamento, essa afoiteza, pressa em discutir as coisas, principalmente no campo midiático.. A nota não é verdadeira”.
Autor e foto: Rondoniagora