A técnica é um psicodrama em que interagem diversos atores sob a batuta da consteladora, onde a situação acaba sendo interpretada de forma inconsciente enquanto a pessoa que a requisitou assiste e de um modo geral consegue identificar-se com o que ocorre e consegue interpretar de outra forma seus próprios “fantasmas” do passado.

Falando assim parece algo muito complexo e questionável, porém a Constelação é uma terapia consagrada há várias décadas pelo mundo afora, e que no Brasil está sendo adotada até pelo Poder Judiciário em treze estados da federal pelas varas de família, sendo que em Goiás e na Bahia houve expressivo aumento no índice de desfechos amigáveis e pacíficos nos processos de divórcio e guarda de filhos. O assunto foi, inclusive, matéria de reportagem especial na edição do domingo passado do programa Fantástico, da Rede Globo.

Segundo Alcina, o tratamento é de grande valia para o resgate e resolução de conflitos internos. As representações que ocorrem na Constelação são feitas por pessoas que não conhecem a história do cliente, e normalmente sequer tem qualquer tipo de relação social com ele. “Mas o que ocorre é que os atores que estão representando acabam absorvendo de forma inconsciente o drama que aflige a pessoa que está no centro da questão, e esta por sua vez acaba se identificando com o que acontece à sua frente”.

O princípio da técnica foi desenvolvido pelo alemão Bert Hellinger, após estudos e convívio por várias décadas em países da África. “Na verdade não é uma coisa nova para a humanidade, cujos núcleos tribais utilizavam dos mesmos princípios há milênios”, explica a psicóloga. A Constelação é sustentada pelo tripé Hierarquia, Equilíbrio e Pertencimento.

O primeiro diz respeito a ordem de obediência que deve ser seguida e respeitada dentro da estrutura familiar – “quem vem antes, tem mais autoridade”, detalha Alcina. A questão do Equilíbrio está ligada ao “dar e receber”, e ajuda a aprimorar as relações entre familiares – “não é muito saudável nesta interação situações como alguém ser tratado de forma indevida por outro de forma constante e retribuir com resignação e submissão. As vezes o retorno deve ser à altura da mensagem inicial, mas isso deve acontecer de forma equilibrada para não agravar o conflito. Finalizando, a questão do Pertencimento, que tem a ver com a genética. “Às vezes mesmo em caso de uma pessoa que é adotada por outra família acaba sendo afetada por um conflito que vem lá do núcleo que a gerou”.

Para conhecer melhor a Constelação Familiar a oportunidade é participar ou assistir a um de suas sessões, que ocorrem uma vez por mês na Tai. E hoje (sábado 20) é o dia ideal, pois na oportunidade Alcina vai trabalhar em parceria com o constelador Augustinho Nunes Neto, que há anos dedica-se a prática e já viajou várias vezes ao exterior – inclusive ao país do criador da técnica – para aprimorar seu conhecimento.

A sessão começa às 15 horas, e é aberta ao público. A Tai fica na Rua Quintino Cunha, 547, no centro da cidade. Informações podem ser obtidas pelo telefone 9 8120 – 0965.

 

Texto: Extra de Rondônia

Foto: Extra de Rondônia

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