Na madrugada deste sábado, 27, a equipe de reportagem do Extra de Rondônia foi solicitada no Pronto Socorro do Hospital Regional, em Vilhena, por uma paciente que alegou estar na unidade a mais de 6 horas e não ter conseguido atendimento por falta de médicos.
No local, nossa reportagem fez contato com a denunciante, a universitária Andréia Daiane de 32 anos, que sofria de fortes dores abdominais e que segundo informações de enfermeiras e técnicas de enfermagem, não teria sido atendida, porque o médico do plantão teria se sentido mal e ido embora.
Ainda segundo a equipe plantonista, o diretor da unidade, Wagner Wasczuk Borges, que estava no local, mas não falou com a imprensa, teria entrado em contado com outros médicos, porém estes teriam se recusado a comparecer na unidade por motivos variados. Um profissional do setor de obstetrícia teria prestado auxilio na emergência por algumas horas, mas devido à chegada de gestantes em trabalho de parto, o mesmo teve que retornar a seu posto.
Alguns pacientes desistiram de aguardar atendimento e foram embora, outros acionaram a Polícia Militar que esteve no local e aconselhou os mesmos a procurarem a Delegacia de Polícia Civil para o registro de uma ocorrência. Ao todo, 43 prontuários não foram atendidos, dentre eles de idosos, pacientes com suspeitas de apendicite, fraturados e crianças com mais de 39 graus de febre.
Nossa equipe foi informada, que cada plantão deveria contar com 4 médicos somente no atendimento do Pronto Socorro, porém, a vários dias, somente um médico tem atendido e na noite anterior, a unidade também teria ficado sem profissional especializado, sendo necessário que uma enfermeira atendesse e medicasse os pacientes que deram entrada na emergência.
As tabelas de plantões de todos os setores da unidade, normalmente ficam expostas em um mural na entrada do Hospital, no entanto, não constava no local a tabela do mês de plantonista do pronto socorro.
Após aguardar por mais uma hora após a chegada da nossa equipe, Andréia, que ainda sentia fortes dores, foi embora sem ser medicada.
Texto: Redação
Fotos: Extra de Rondônia