Leishmaniose tegumentar ou cutânea, a conhecida ferida brava, chorona ou úlcera de Bauru ataca ribeirinhos e moradores da zona rural dos 52 municípios de Rondônia, onde fez 3.324 vítimas desde 2014.

O vetor da doença é o flebotomíneo, mosquito também conhecido por asa de palha e cangalhinha, que ataca principalmente de manhã e ao entardecer.

“É endêmica, infecciosa, mas não contagiosa; preocupa por ser zoonótica [causada por parasitos], do homem para o animal e vice-versa”, explicou o coordenador estadual do Programa de Controle das Leishmanioses na Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), médico veterinário Eleildon Mendes Ramos.

Segundo pesquisas entomológicas, Rondônia tem atualmente 12 espécies de mosquitos considerados importantes no ciclo da doença. Dados levantados pela Agevisa e enviados ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde revelam que o município de Porto Velho (34 mil Km²) lidera em número de casos: teve 113 em 2014, outros 139 em 2015 e 171 em 2016, totalizando 423.

No mesmo triênio classificam-se na sequência:

2º Vilhena, 274 casos
3º Rolim de Moura, 201
4º Pimenta Bueno, 188
5º Espigão do Oeste, 158
6º Cacoal, 140
7º Ariquemes, 139

Em média, ocorrem 1.166 casos de leishmaniose por ano no estado, conforme Eleildon Ramos, com base nos diagnósticos do período 2012 a 2016.

PRIMEIRO SOCORRO E PREVENÇÃO

O diagnóstico da doença é feito no Laboratório Central do Estado (Lacen). A pessoa picada pelo mosquito deve procurar atendimento em laboratórios municipais.

“Uma vez adquirida a doença, o governo atua no fornecimento de medicamentos, o glucantime é o mais consumido”, explicou o médico veterinário.

O tratamento demora aproximadamente 20 dias. A Agevisa faz o acompanhamento e estabelece o critério de cura.

Segundo Eleildon Ramos, glucantime é o medicamento de primeira escolha; anfotericina, o de segunda; e pentamidina, o de terceira. Mas atenção, todos devem ser tomados sob prescrição médica, pois o mau uso da medicação, ou seja, utilizar a que um parente ou conhecido toma, pode acarretar riscos à saúde.

Principais prevenções: 1) usar mosquiteiro de malha fina e instalar tela em portas e janelas; 2) usar repelentes em ambientes onde vetores podem ser encontrados; 3) evitar se expor em horários de atividade do mosquito, cedo e ao anoitecer; 4) limpar quintais e terrenos.

Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Anvisa
Secom – Governo de Rondônia

 

 

 

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