Uma aula diferenciada pelo conteúdo apresentado e ministrada por um professor que fugiu à regra dos mestres voluntários do Projeto Social “Educação Solidária à Caminho da Universidade”. Assim, foi a noite desta quinta-feira, 29, na escola Maria Arlete Toledo, para os alunos que frequentam o curso preparatório para o Enem, coordenado pela Associação de Moradores dos Setores Oito e Nove (ASMON).

A presença do juiz da 2ª Vara Criminal, Adriano Lima Toldo, parou as atividades da escola que reuniu não apenas os 58 alunos do Projeto Social, mas também todo o corpo docente e discente do estabelecimento de ensino a palestra que teve como tema “A Dinâmica do profissional do Poder Judiciário”.

O juiz foi convidado pelo coordenador geral do Projeto Social e presidente da ASMON, José Moreira Lima. Além do magistrado, marcaram presença também, o comandante do 3º Batalhão de Policia Militar, tenente-coronel, Paulo André Santos de Souza, a secretária do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), Gleicy Campos Andrade, a representante da secretaria municipal de Educação, Janete Melo, o representante da vereadora Leninha do Povo, o radialista Juarez Soares, o diretor da escola, Rosemar Erdmann, e demais professores voluntários.

Durante a palestra, o juiz agradeceu o convite e parabenizou a coordenação do projeto e a direção da escola pela iniciativa de oportunizar aos adolescentes, jovens e adultos um curso gratuito e que vai projetar os alunos para o futuro na preparação ao Enem e concursos públicos. “É louvável esta iniciativa e elogiável o trabalho voluntário dos professores. Contudo, os alunos precisam valorizar o empenho de todos os envolvidos com a dedicação nos estudos para conseguirem um futuro satisfatório para si e seus familiares”, destacou.

O magistrado salientou que não nasceu em berço de ouro, que veio de uma família humilde, que sempre estudou em escola pública e que aos 14 anos precisou trabalhar para ajudar os pais. “Trabalhei na adolescência e numa época onde não havia ainda uma lei que proibia. Mesmo assim procurei conciliar com meus estudos e desde então já tinha o desejo de ser juiz, de seguir a carreira da magistratura”, comentou.

Após quase uma hora de palestra com abordagens sobre a importância do profissional de Direito, das áreas de atuação e como se consegue chegar até a magistratura, houve espaço para perguntas e os alunos levantaram questionamentos sobre criminalidade na sociedade por parte dos menores de 18 anos, desarmamento, crimes hediondos, sistema prisional, o não cumprimento integral das penas por parte dos condenados na Justiça e ainda sobre os indultos. A cada pergunta, o juiz Adriano Toldo fazia questão de responder com base em sua experiência na área criminal e nos ditames da lei.

No final da palestra, a professora Jhemilly (Química e Biologia), em nome do Projeto Social, entregou ao palestrante uma camisa padronizada como uniforme dos alunos.

Para o coordenador geral, a palestra faz parte das atividades extracurriculares que todos os anos acontece com a participação de um representante do Poder Judiciário. “Juízes e promotores são nossos palestrantes todos os anos, como uma forma de aproximar a escola, o Projeto Social e os alunos com o Poder Judiciário. É uma oportunidade para que os magistrados conheçam de perto essa iniciativa que nos últimos 13 anos vem contribuindo com a formação de nossos jovens e adolescentes que sonham com o ingresso ao Ensino Superior”, concluiu José Moreira Lima.

Texto: Assessoria

Fotos: Ribamar Araújo

sicoob

COMUNICADO: Atenção caros internautas: recomenda-se critérios nas postagens de comentários abaixo, uma vez que seu autor poderá ser responsabilizado judicialmente caso denigra a imagem de terceiros. O aviso serve em especial aos que utilizam ferramentas de postagens ocultas ou falsas, pois podem ser facilmente identificadas pelo rastreamento do IP da máquina de origem, como já ocorreu.

A DIREÇÃO