Uma segunda reviravolta pode abarcar o caso Jéssica Hernandes, jovem de apenas 17  brutalmente assassinada com 13 facadas em abril deste ano em Cerejeiras, se o recurso já apresentado pelo promotor de Justiça Marcus Alexandre de Oliveira Rodrigues contra decisão que absolveu Ismael José da Silva for provido pelo Tribunal de Justiça (TJ/RO).

Caso os desembargadores decidam a favor das intenções do Ministério Público (MP/RO), o namorado da vítima irá para o banco dos réus junto com o primo Diego de Sá Parente, já pronunciado e encaminhado a Júri.

A sentença recorrida foi proferida pelo juiz de Direito Jaires Taves Barreto.

CONVICÇÃO

O promotor Marcos Alexandre foi procurado pelo jornal eletrônico da capital Rondônia Dinâmica para abordar aspectos da sentença que absolveu Ismael Silva. Por telefone, aceitou conversar, com exclusividade, a respeito, deixando claro, desde o início, a posição enérgica e imutável:

“Foi uma decisão incomum, porém tem de ser respeitada. Agora, tenho certeza absoluta que Ismael matou a namorada. O Diego não tinha motivo algum. Há muitas provas que não foram devidamente analisadas”, apontou.

A convicção do representante do MP/RO está estritamente ligada ao trabalho de investigação realizado pela Polícia Civil (PC/RO).

“Nós respeitamos a decisão do Judiciário, mas pensamos diferente e por isso estamos recorrendo. Estou convicto da participação do Ismael José no crime porque tem traços de passionalidade. Ninguém dá treze facadas em um ser humano à toa, sem ódio, sem raiva. Houve o ‘Teste de Fidelidade’, Diego ajudou, mas quem matou a Jéssica foi o Ismael e iremos provar no Júri”, pontuou Rodrigues.

Para o promotor, o magistrado que absolveu Ismael Silva e pronunciou Diego de Sá  deixou de apreciar provas substanciais, inclusive o depoimento prestado pelo delegado Rodrigo Spiça, responsável pela investigação e que presidiu o inquérito do caso Jéssica Hernandes.

“Muita coisa ficou de fora. Não dá pra ter certeza, mas o recurso deve ser apreciado dentro de 60 dias ou um pouco mais. Pela experiência que tenho, o Tribunal colocará Ismael no banco dos réus no Tribunal do Júri para que seja julgado e, de acordo com nossa convicção, condenado pelo crime que cometeu”, asseverou.

Questionado sobre os riscos de Ismael fugir, respondeu:

“Existem, mas fazer o quê? A Justiça mandou soltar”, concluiu.

Autor: Rondoniadinamica

Foto: Divulgação

 

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