Os órgãos retirados da modelo Vânia Maísa Castro, que teve morte encefálica na última quarta-feira, 20, serão doados a pacientes que estão na fila de espera. O procedimento de captação dos órgãos foi realizado na manhã desta sexta-feira, 22, no Hospital Regional de Vilhena.

Equipes médicas da Central de Transplante de Órgãos do Hospital de Base de Porto Velho e do Hospital Universitário de Brasília (HUB) chegaram por volta das 09h00 a Vilhena. Os profissionais iniciaram uma corrida contra o tempo no centro cirúrgico do Hospital Regional (HR).

A equipe médica da HUB realizou primeiro a captação do fígado, mas após realizar alguns testes foi constatado que o órgão não poderia ser utilizado, pois apresentava algumas alterações em seu tecido que aparentemente foi causado pelas paradas cardíacas, sendo devolvido o órgão ao corpo. Foi a primeira vez que houve uma cirurgia de captação de fígado no município.

Após, a equipe médica de Porto Velho retirou os rins e córneas. A cirurgia durou cerca de quatro horas e as equipes médicas imediatamente seguiram para o aeroporto nos seus respectivos destinos.

O coordenador da equipe de transplante de órgãos do Hospital de Base de Porto Velho, Alessandro Prudente, disse que a captação de órgãos (rins e córneas) no estado de Rondônia iniciou em 2011 e atualmente estão realizando a captação de fígado.

Alessandro explicou que quando o paciente é diagnosticado com morte cerebral, a família é entrevistada para que possa ser realizada a doação de órgãos. É um momento delicado e difícil, pois a família precisa tomar uma importante decisão e quem sabe ajudar outras pessoas que precisam de um transplante de órgãos.

Segundo Alessandro, em Rondônia 70% das famílias recusam a doação de órgãos do parente que perdeu a vida e estes procedimentos só podem ser feitos com a autorização da família.

O secretário municipal de saúde, Marco Aurélio Vasquez, esteve presente na ocasião e explicou que a Secretaria de Saúde do Estado tem incentivado a população para doação de órgãos, assim como também tem buscado habilitar os hospitais do interior para o processo.

O secretário finalizou enfatizando que esse momento é de alegria e de tristeza. É um momento em que a família se despede de alguém. Porém, é uma chance porque essa ação irá contribuir para a permanência de outras vidas que aguardam nas longas filas de transplante de órgãos.  Em breve a secretaria iniciará uma campanha massiva para a população sobre a importância de captação de órgãos. “Isso é saúde e realmente nós temos investido dentro das nossas possibilidades”, pontou Vasquez.

Marco Aurélio Vasquez, secretário municipal de saúde

 

 

Alessandro Prudente, coordenador da equipe de transplante do Hospital de Base de Porto Velho

Texto: Extra de Rondônia

Fotos: Assessoria

 

sicoob

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