Alzineide Moreira, mãe de Jéssica Moreira Hernandes, morta com 13 facadas no último mês de abril na cidade de Cerejeiras, Maria Luiza Parente da Silva e José Antônio da Silva, seus sogros, relataram à reportagem do Extra de Rondônia, os momentos de angústia e desespero pelos quais passaram durante os cinco dias de desaparecimento da jovem de apenas 17 anos.

Dona Neide, como é conhecida na cidade, relatou que além de todo o sofrimento que passou com a morte brutal da filha, sua dor era redobrada ao ver Ismael José da Silva, de 35 anos, preso acusado do crime, que ela acredita fielmente que ele não cometeu. Durante os quase cinco meses que Ismael esteve na prisão, Neide chegou a visitá-lo, juntamente com o irmão de Jéssica e até escreveu uma carta de próprio punho em defesa do genro, que foi anexada ao processo.

Ainda segundo a mãe da vítima, após a libertação de Ismael, mais um sofrimento se iniciou com boatos levantados pela população cerejeirense, de que a mesma tivesse interesse no namorado da filha. “Tenho Ismael como filho e não vou mais tolerar esse tipo de comentário. Se eu souber que alguém anda espalhando essa mentira vou procurar meus direitos perante a lei”, concluiu Neide.

Já os pais de Ismael, relataram que durante o desaparecimento de Jéssica, o filho do casal chegou a ficar internado duas vezes para tomar soro, devido estar muito fraco por não se alimentar. “Quando encontraram o corpo dela, o Ismael desabou, passou mal e quase perdeu os sentidos”, relatou Maria Luiza.

Ainda segundo Maria e José, durante os quatro dias de procura incessante, Diego aparentava muito nervosismo e fumava o tempo todo. “O Ismael chegava a se arrepiar quando o Diego passava por ele”, afirmou José.

Neide, assim como Maria e José, afirmaram que só querem superar os momentos difíceis que passaram e tocarem suas vidas, aguardando que a justiça seja feita.

Maria Luiza Parente da Silva e José Antônio da Silva

Texto e foto: Extra de Rondônia

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