Na tarde desta quarta-feira, 18, o ex-vereador da cidade de Pimenteiras do Oeste, Jorge Fernandes Leite, visitou a redação do Extra de Rondônia, onde esclareceu uma suposta expulsão do Hospital Regional de Vilhena (HRV).

De acordo com Jorge, que é atual coordenador de agricultura de Pimenteiras, ele não foi expulso do HRV, e sim havia tido alta médica, mas ainda sentia muitas dores, com isso, a família preocupada pediu ao médico que não o liberasse, porém, o médico não atendeu a família e liberou Jorge mesmo estando tomando morfina para suportar as dores.

Fernandes, afirma que em nenhum momento foi mal tratado por funcionários do hospital, pelo contrário, foi muito bem atendido. Entretanto, já esteve com o diretor do HRV e esclareceu o que realmente houve. Jorge, relata que “teve um desentendimento com o enfermeiro Caio, sendo que o mesmo o tratou por duas vezes com muita arrogância e ignorância”.

O motivo da desavença seria porque Jorge ligou para o deputado Luizinho Goebel, para que ele intercedesse junto ao médico para não dar alta a ele, pois as dores eram intensas. Com isso, um assessor do deputado foi até ao hospital tentar resolver a situação, mas o enfermeiro disse que ali quem mandava era ele e não assessores de políticos, e por isso não iria colocá-lo na agenda para cirurgia, fato que realmente aconteceu e Jorge recebeu alta mesmo estando com toda a documentação para passar pelo processo cirúrgico.

Fernandes ficou seis dias internado no HRV, com problema de vesícula inflamada, que inclusive chegou a estourar, mesmo assim o médico deu alta para ele. Além disso, disse que ele tinha que ir para fila do Sistema Único de Saúde (SUS) para passar pelo procedimento cirúrgico.

Como o médico havia dado alta a ele, e não iria voltar atrás, Jorge foi para a cidade de Vila Bela da Santíssima Trindade, onde foi operado pelo médico André que é vice-prefeito. A cirurgia foi bem sucedida, mas era totalmente de risco. Demorou cerca de 2 horas, sendo que se o procedimento tivesse sido feito no regional seria em torno de 40 minutos. Porém, Jorge estava com encaminhamento, risco cirúrgico e todo o exame necessário em mãos para passar pela cirurgia, pois o caso era grave, mesmo assim o médico Jorge Tangerina, o mandou para fila de espera.

Segundo Elze Cavalcante, esposa de Jorge e que acompanhou todo o desenrolar da questão, disse que o médico que fez a cirurgia no seu marido, ficou abismado com a falta de ética do companheiro de profissão em não operá-lo com urgência, pois retirou cerca de meio litro de pus, além de estar já necrosando a vesícula que estava estourada. De acordo com Elze, o médico relatou que mais um dia, Jorge não aguentaria e viria a óbito. Tudo relatado em documentos que a família tem em mãos.

Jorge e Elze relatam que vão procurar a justiça e processar o enfermeiro e o médico pela falta de ética, mesmo sabendo que o paciente tinha toda a documentação para passar pelo procedimento cirúrgico, deu alta e, com isso, colocou sua vida em risco.

Texto e Fotos: Extra de Rondônia

 

sicoob

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