Há algum tempo atrás, conversando com um jovem e bem sucedido empresário local, que trabalha seguindo alguns critérios básicos, implantados por experiência própria, aos quais gostaria de compartilhar com você:
1 – Ele trabalha com um orçamento anual, dividido por mês. Suas vendas, custos, despesas e resultados são acompanhados sistematicamente. Em geral suas previsões são atingidas. É previsto um crescimento real das vendas, ligeiramente superior à taxa de inflação do período. Seu lucro líquido projetado é de 5% das vendas ou mais, dependendo da taxa inflacionária anual.
2 – Ele opera no ramo comercial e sua carteira de produtos é composta de apenas 300 itens. Ele está sempre aberto a novos produtos, desde que a inclusão de um novo produto implique obrigatoriamente na substituição daquele está gerando o menor resultado ou que tem o menor giro.
3 – A contratação e demissão de funcionários não são feitas pelo proprietário, mas sim por sua equipe. Os níveis salariais e eventuais aumentos de remuneração são decisão dele. A maior parcela do salário é composta de comissões.
4 – As aquisições de mercadorias, controle dos recebimentos das compras e fixação de preços de venda é tratada diretamente pelo proprietário (auxiliado por funcionários).
5 – Sua remuneração é constituída de um percentual das vendas, o qual é retirado em espécie ao longo do ano. Ele não retira pró-labore. A maioria de sua remuneração é poupada e de imediato aplicada na aquisição de imóveis. O restante do lucro é reaplicado no negócio.
6 – Anualmente é feito um inventário físico do estoque, inexistindo variações significativas. O capital de giro próprio é acompanhado regularmente.
7 – Sua empresa está em boa situação econômico financeira; a inadimplência é normal; não existe endividamento bancário; os funcionários trabalham motivados, alegres e integrados; o giro dos ativos é adequado; a rotação de pessoal é mínima. Ele se dá por satisfeito com o desempenho de sua organização.
8 – Um adequado sistema de informática lhe fornece os relatórios para a boa gestão do negócio e identificar/corrigir eventuais falhas com rapidez.
Essa forma de trabalhar foi fruto da observação dos concorrentes e da experiência própria. Tudo tão simples, funcional e controlado. Por que será que muitos de nós tendemos a complicar as coisas simples? Por que criamos controles burocráticos e desnecessários? Por que enfim temos tanta dificuldade de obter um lucro adequado, sem ser exagerado? Espero que alguma das ideias acima possa ser útil ao seu negócio e que você obtenha avanços importantes na sua organização. Eu creio nisso!
Fonte: Extra de Rondônia
Texto: Humberto C. Lago/ Consultor Empresarial
Foto: Extra de Rondônia