Após atender a cerca de oito mil pessoas no ano de 2017, totalizando 47 mil procedimentos nas áreas da saúde, assistência social, justiça, entre outras, a Unidade de Saúde Fluvial Walter Bártolo, o Barco Hospital, passa agora por serviços de manutenção, e após receber a certificação da Marinha retomará as viagens, possivelmente a partir de março, começando pelo trecho Forte Príncipe a Pimenteiras, na região de Guajará-Mirim.
Conforme a coordenadora das ações, Alessandra Maria Costa Conceição, ao todo foram cinco viagens realizadas no ano passado, sendo duas no primeiro semestre (Forte Príncipe a Pimenteiras) e três no segundo (Guajará-Mirim à comunidade indígena Baía das Onças). A expectativa é que neste ano sejam seis viagens, três em cada semestre.
Alessandra lembrou que as atividades do barco são uma iniciativa do Governo de Rondônia, gerenciadas pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), e iniciam sempre pelo Forte Príncipe porque é o período em que o rio está mais cheio, favorecendo a navegação. As viagens do segundo semestre ocorrem de agosto a dezembro.
Entre as ações que mais se destacaram em 2017, Alessandra citou os serviços de odontologia, que contribuíram com a melhoria do sorriso e o aumento da autoestima de muitas pessoas, a maioria jovem; projetos especiais, como o Saúde na Escola; análise da qualidade da água; e o atendimento realizado por um fonoaudiólogo e um oftalmologista, importante para a detecção de problemas auditivos e visuais que prejudicam o índice de aprendizagem dos estudantes.
A coordenadora também destacou o trabalho desenvolvido pelos órgãos da Justiça (TJRO e DPE) para a solução de problemas, como assédio sexual e violência doméstica, praticados em grande parte contra crianças e mulheres.
As ações da unidade de saúde fluvial contam com a parceria das prefeituras, Exército, Tribunais de Justiça (TJRO) e Eleitoral (TRE-RO), Defensoria Pública do Estado (DPE-RO), Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Receita Federal, Distrito Sanitário Especial Indígena e a Casa de Saúde Indígena (Dsei/casai), Instituto de Identificação Civil e Criminal (IICC), Polícia Militar, tripulação, Secretaria Nacional da Juventude, entre outras instituições que de alguma forma contribuem com o atendimento, seja fornecendo pessoal, materiais e até roupas, alimentos e medicamentos para serem doados.
Texto: Veronilda Lima/Assessoria
Fotos: Casa Militar